Espanha é o país mais exposto a Portugal, mas os bancos alemães são os que têm mais a perder com problemas na banca nacional. Veja aqui a infografia com os activos que cada país tem sobre Portugal.
Quando nos corredores de Bruxelas e das principais capitais europeias se discutem os planos de resgate às economias em dificuldades não são apenas - ou talvez até essencialmente - as questões políticas que influenciam as decisões dos chefes de Estado e banqueiros centrais. O dinheiro conta muito, o que não é uma surpresa se considerarmos os montantes em questão e quem os pode perder.
Dados publicados em Dezembro pelo Banco de Pagamentos Internacionais (BIS) - referentes a meio de 2010 - mostram que os bancos que reportam à instituição (de 56 países) tinham uma exposição a Portugal de 292,6 mil milhões de dólares (cerca de 213 mil milhões de euros ao câmbio actual ou mais que o PIB anual nacional).
Jornal de Negócios
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José Sócrates vai hoje apresentar a Angela Merkel, para aprovação, o PEC3, que já está na forja, e que a chanceler insistentemente tem vindo a pedir.
Como se pode ver nesta notícia do Jornal de Negócios, o problema reside no dinheiro e não na política. Melhor dizendo: a política orienta-se por questões de dinheiro. Portugal tem uma dívida colossal aos bancos alemães, franceses e espanhóis, os principais credores da dívida externa portuguesa. A solidariedade europeia esfuma-se perante esta realidade financeira, e os principais dirigentes europeus não vão deixar comover-se com os discursos populistas do primeiro-ministro de Portugal. Por outro lado, a chanceler alemã, ao exibir a sua irredutibilidade em não querer flexibilizar as condições de funcionamento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e ao tentar impor o seu Pacto de Competitividade, prejudica as pretensões do governo português, que poderia, através daquele fundo, obter créditos a um juro mais baixo.
Mas o que Angela Merkel pretende saber da parte de José Sócrates, não é apenas a questão do défice orçamental. O problema principal é saber como é que a economia portuguesa vai crescer para poder pagar as dívidas. E aí, será muito difícil a José Sócrates encontrar argumentos convincentes.
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