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sábado, 17 de outubro de 2015

Cavaco Silva: "Espero que o melhor para Portugal esteja na mente dos políticos"


"Espero que o melhor para Portugal esteja na mente dos políticos"
O Presidente garante que preparou todos os cenários de governação possíveis e os passos a seguir em cada um dos cenários.
Sem comentar os encontros entre as várias forças politicas dos últimos dias, Cavaco disse que ainda tinha “uma forte esperança que o superior interesse de Portugal não deixará de estar na mente de todos os nossos agentes políticos”.

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Cavaco Silva pode fazer as contas dos votos, de acordo com as suas conveniências e as suas conivências partidárias, e escolher o primeiro-ministro que muito bem entender, faculdade que a Constituição lhe outorga. Mas ele também deve saber que o governo que resultar da sua escolha irá ser submetido a escrutínio, na Assembleia da República, onde apenas contam os mandatos dos deputados e não os votos obtidos por cada partido, nas eleições legislativas. E aí, então, a música é outra, pois cai por terra o ardiloso argumento, que anda por aí, o do partido mais votado e que a Constituição não explicita. A Constituição, neste caso, é muito clara, pois diz que o Presidente da República, uma vez conhecidos os resultados eleitorais, convoca os partidos com assento parlamentar e, depois, tendo em conta esses mesmos resultados eleitorais, decide-se (numa decisão unicamente pessoal) pela indigitação do futuro primeiro-ministro. E compreende-se que os constituintes tenham legislado desta forma, pois assim pode evitar-se um eventual impasse político e constitucional de ter de ser escolhido um primeiro-ministro que, embora pertencendo ao partido mais votado, não tem todavia a maioria de deputados. É o que poderá acontecer se Cavaco Silva indigitar Passos Coelho para primeiro-ministro, tendo apenas como garantia os votos dos deputados da coligação de direita, em minoria. Formar-se á um governo a prazo, periclitante e totalmente dependente da oposição.
A crise política, que vier a resultar de uma má escolha de Cavaco Silva, seja a de nomear Passos Coelho como primeiro-ministro do novo governo ou a de transformar o actual governo em governo de gestão, até que, segundo a Constituição, possam realizar-se novas eleições legislativas, será da sua exclusiva responsabilidade.
A Cavaco não basta que ande a dizer aos outros que os interesses do país devem estar acima dos interesses partidários. Ele, como Presidente da República, tem também de assumir para si, em relação às suas decisões políticas, esse mesmo princípio. E eu sei que isso é muito difícil para ele.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

PCP: portugueses não se identificam com discurso do PR


O deputado do PCP, António Filipe, afirmou hoje que a intervenção do Presidente da República, na sessão solene comemorativa do 10 de Junho, em Elvas, "não é um discurso com que o país se possa identificar".
"Aquilo que hoje preocupa os portugueses, que é a crise em que vivem, os problemas que os afetam, desemprego, recessão económica, não tiveram eco, de facto, neste discurso do 10 de Junho", disse.

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Foi um discurso despropositado e tematicamente desviante, o do Presidente da República, neste Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Um discurso escrito por quem sabe que as suas responsabilidades políticas na atual crise, as presentes e as passadas, estão a ser-lhe assacadas por um número cada vez maior de portugueses, que também deixaram de acreditar na instituição presidencial. Neste discurso, Cavaco Silva, mais uma vez a tropeçar dislexicamente na palavra cidadões, refugiou-se no tema da Agricultura, para poder rebater as afirmações dos que o acusam de ter sido ele, enquanto primeiro-ministro, a provocar o desmantelamento e a desestruturação do setor primário da economia portuguesa, em cega obediência aos interesses da então CEE, que estava mais interessada em fazer de Portugal um país importador de produtos agrícolas e agro-industriais, oriundos da Espanha e da França, do que em desenvolver a agricultura portuguesa. 
A Cavaco Silva falta o sentido de Estado para poder exercer esta alto cargo com a devida independência em relação aos partidos políticos e aos grupos dominantes. Como Presidente da República foi sempre um homem de partido, do seu, daquele partido que está a conduzir o país para o ciclo infernal da pobreza e para a consumação da tragédia. E sobre os perigos que ameaçam a sobrevivência de Portugal como Estado independente e soberano, nada disse.

domingo, 26 de maio de 2013

“Carta Aberta” ao Presidente (Esta é forte!!!)


Meu caro Ilustre Prof. CAVACO SILVA,

Tomo a liberdade de me dirigir a V. Exa., através deste meio [o Facebook], uma vez que o Senhor toma a liberdade de se dirigir a mim da mesma forma. É, aliás, a única maneira que tem utilizado para conversar comigo (ou com qualquer dos outros Portugueses, quer tenham ou não, sido seus eleitores).
Falando de eleitores, começo por recordar a V. Exa., que nunca votei em si, para nenhum dos cargos que o Senhor tem ocupado, praticamente de forma consecutiva, nos últimos 30 anos em Portugal (Ministro das Finanças, Primeiro Ministro, Primeiro Ministro, Primeiro Ministro, Presidente da República, Presidente da República).
No entanto, apesar de nunca ter votado em si, reconheço que o Senhor:
1) Se candidatou de livre e espontânea vontade, não tendo sido para isso coagido de qualquer forma e foi eleito pela maioria dos eleitores que se dignaram a comparecer no acto eleitoral;
2) Tomou posse, uma vez mais, de livre vontade, numa cerimónia que foi PAGA POR MIM (e por todos os outros que AINDA TINHAM, nessa altura, a boa ventura de ter um emprego para pagar os seus impostos);
3) RESIDE NUMA CASA QUE É PAGA POR MIM (e por todos os outros que AINDA TÊM a boa ventura de ter um emprego para pagar os seus impostos);
4) TEM TODAS AS SUAS DESPESAS CORRENTES PAGAS POR MIM (e pelos mesmos);
5) TEM TRÊS REFORMAS CUMULATIVAS (duas suas e uma da Exma. Sra. D. Maria) que são PAGAS por um sistema previdencial que é alimentado POR MIM (e pelos mesmos);
6) Quando, finalmente, resolver retirar-se da vida política activa, vai ter uma QUARTA REFORMA (pomposamente designada por subvenção vitalícia) que será PAGA POR MIM (e por todos os outros que, nessa altura, AINDA TIVEREM a boa ventura de ter um emprego para pagar os seus impostos).
Neste contexto, é uma verdade absoluta que o Senhor VIVE À MINHA CUSTA (bem como toda a sua família directa e indirecta).
Mais: TEM VIVIDO À MINHA CUSTA quase TODA A SUA VIDA.
E, não me conteste já, lembrando que algures na sua vida profissional:
a) Trabalhou no Banco de Portugal;
b) Deu aulas na Universidade; no ISEG e na Católica.
Ambos sabemos que NADA DISSO É VERDADE.
BANCO DE PORTUGAL: O Senhor recebia o ordenado do Banco de Portugal, mas fugia de lá, invariavelmente com gripe, de cada vez que era preciso trabalhar. Principalmente, se bem se lembra (eu lembro-me bem), aquando das primeiras visitas do FMI no início dos anos 80, em que o Senhor se fingiu doente para que a sua imagem como futuro político não ficasse manchada pela associação ao processo de austeridade da época. Ainda hoje a Teresa não percebe como é que o pomposamente designado chefe do gabinete de estudos NUNCA esteve disponível para o FMI (ao longo de MUITOS meses. Grande gripe essa).
Foi aliás esse movimento que lhe permitiu, CONTINUANDO A RECEBER UM ORDENADO PAGO POR MIM (e sem se dignar sequer a passar por lá), preparar o ataque palaciano à Liderança do PSD, que o levou com uma grande dose de intriga e traição aos seus, aos vários lugares que tem vindo a ocupar (GASTANDO O MEU DINHEIRO).
AULAS NA UNIVERSIDADE: O Senhor recebia o ordenado da Universidade (PAGO POR MIM). Isso é verdade. Quanto ao ter sido Professor, a história, como sabe melhor que ninguém, está muito mal contada. O Senhor constava dos quadros da Universidade (hoje ISEG), mas nunca por lá aparecia, excepto para RECEBER O ORDENADO, PAGO POR MIM. O escândalo era de tal forma que até o nosso comum conhecido JOÃO DE DEUS PINHEIRO, como Reitor, já não tinha qualquer hipótese de tapar as suas TRAPALHADAS. É verdade que o Senhor depois acabou por o presentear com um lugar de Ministro dos Negócios Estrangeiros, para o qual o João tinha imensa apetência, mas nenhuma competência ou preparação.
Fica assim claro que o Senhor, de facto, NUNCA trabalhou, poucas vezes se dignou a aparecer nos locais onde recebia o ORDENADO PAGO POR MIM e devotou toda a vida à sua causa pessoal: triunfar na política.
Mas, fica também claro, que o Senhor AINDA VIVE À MINHA CUSTA e, mais ainda, vai, para sempre, CONTINUAR A VIVER À MINHA CUSTA.
Sou, assim, sua ENTIDADE PATRONAL.
Neste contexto, eu e todos os outros que O SUSTENTÁMOS TODA A VIDA, temos o direito de o chamar à responsabilidade:
a) Se não é capaz de mais nada de relevante, então: DEMITA-SE e desapareça;
b) Se se sente capaz de fazer alguma coisa, então: DEMITA O GOVERNO;
c) Se tiver uma réstia de vergonha na cara, então: DEMITA O GOVERNO e, a seguir, DEMITA-SE.
Aproveito para lhe enviar, em nome da sua entidade patronal (eu e os outros
PAGADORES DE IMPOSTOS), votos de um bom fim de semana.
Respeitosamente,
Carlos Paz

Carta publicada no Facebook, por Carlos Paz.