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Ashraf Fayadh _
pintura de Mona Kareem
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“O petróleo é inofensivo...” Assim começa um
poema de Fayadh, o saudita condenado à morte
Ashraf Fayadh tem 35 anos e foi condenado à
morte por um tribunal saudita. Poetas, escritores e organizações de Direitos
Humanos pedem clemência e a comutação da pena do homem que cantou as “gotas da
chuva”
“O
petróleo é inofensivo, exceto no rastro de pobreza que deixa para trás”, assim
começa um poema de Ashraf Fayadh, 35 anos, poeta de origem palestiniana
condenado à morte por apostasia na Arábia Saudita.
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Que as "gotas da chuva"(*) lavem a
desonra de um reino, que ainda não se libertou da escuridão das trevas
medievais e cujo brilho da ostentação do dinheiro do ouro negro não consegue
esconder... Levantem-se os homens contra a ignomínia de mandar matar em nome de
um Deus, que outros homens querem bárbaro e assassino. Que as areias
abrasadoras do deserto queimem os olhos de quem assim pensa. A cegueira da Fé
só consegue ver a luz das catacumbas da morte...
AC
(*) "gotas de chuva" é uma expressão de um poema de Ashraf Fayadh.
(*) "gotas de chuva" é uma expressão de um poema de Ashraf Fayadh.
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Já experimentámos o fascismo das botas cardadas,
que inventou o medo e a fábrica da morte em Auschwitz; vivemos alegremente o
silencioso fascismo financeiro, nascido das entranhas fedorentas do dinheiro; e
agora estamos a ser confrontados com um novo tipo de fascismo, o fascismo
religioso, o da traiçoeira bomba jihadista e o da ditadura da Fé. Os três não
se diferenciam na sua natureza perversa, nos seus métodos hediondos e nos seus
propósitos totalitários. Os três juntos querem dominar o Céu e a Terra e as
nossas consciências. Têm um ódio visceral à Liberdade e têm medo do nosso
pensamento.
AC