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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Poeta Ashraf Fayadh condenado à morte por apostasia, na Arábia Saudita…

Ashraf Fayadh _ pintura de Mona Kareem

“O petróleo é inofensivo...” Assim começa um poema de Fayadh, o saudita condenado à morte
Ashraf Fayadh tem 35 anos e foi condenado à morte por um tribunal saudita. Poetas, escritores e organizações de Direitos Humanos pedem clemência e a comutação da pena do homem que cantou as “gotas da chuva”
 “O petróleo é inofensivo, exceto no rastro de pobreza que deixa para trás”, assim começa um poema de Ashraf Fayadh, 35 anos, poeta de origem palestiniana condenado à morte por apostasia na Arábia Saudita.

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Que as "gotas da chuva"(*) lavem a desonra de um reino, que ainda não se libertou da escuridão das trevas medievais e cujo brilho da ostentação do dinheiro do ouro negro não consegue esconder... Levantem-se os homens contra a ignomínia de mandar matar em nome de um Deus, que outros homens querem bárbaro e assassino. Que as areias abrasadoras do deserto queimem os olhos de quem assim pensa. A cegueira da Fé só consegue ver a luz das catacumbas da morte...
AC

(*) "gotas de chuva" é uma expressão de um poema de Ashraf Fayadh.
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Já experimentámos o fascismo das botas cardadas, que inventou o medo e a fábrica da morte em Auschwitz; vivemos alegremente o silencioso fascismo financeiro, nascido das entranhas fedorentas do dinheiro; e agora estamos a ser confrontados com um novo tipo de fascismo, o fascismo religioso, o da traiçoeira bomba jihadista e o da ditadura da Fé. Os três não se diferenciam na sua natureza perversa, nos seus métodos hediondos e nos seus propósitos totalitários. Os três juntos querem dominar o Céu e a Terra e as nossas consciências. Têm um ódio visceral à Liberdade e têm medo do nosso pensamento.
AC

domingo, 6 de dezembro de 2015

Sauvons le poète Ashraf Fayad condamné pour apostasie par l'Arabie Saoudite

Le poète palestinien Ashraf Fayad

Sauvons le poète Ashraf Fayad condamné pour apostasie par l'Arabie Saoudite

Quem mata um poeta, em nome de Deus, está a matar o próprio Deus...
A idade das trevas e da escuridão ainda habita no coração daqueles homens que se inspiram nos livros sagrados para fazerem leis demoníacas e sanguinárias contra a liberdade de pensamento.
A condenação à morte do poeta Ashaf Fayad, por apostasia, é um acto monstruoso e ignóbil, que, a concretizar-se, irá renegar os valores civilizacionais do nosso tempo.
Salvar a vida e conseguir a libertação de Ashaf Fayad é um imperativo urgente da nossa consciência, a individual e a colectiva, a fim de nos podermos resgatar da barbárie.
Alexandre de Castro


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A guerra surda do petróleo entre os EUA e a Arábia Saudita...


A guerra surda do petróleo entre os EUA e a Arábia Saudita

A história contada neste vídeo, sobre as causas que estão a pressionar a queda de preços do petróleo, está mal contada. Às justificações apresentadas falta acrescentar uma outra, que é inédita, mas que se perfila, neste momento, como a mais importante, e que vem a ser a guerra surda que se estabeleceu entre os EUA e a Arábia Saudita (velhos aliados), à volta do petróleo.
Os EUA sempre foram o principal cliente da Arábia Saudita, nas compras do petróleo, mas, nos últimos tempos, as encomendas dos americanos têm diminuído na mesma proporção do aumento da sua própria produção de petróleo, proveniente do gás de xisto (um processo altamente poluente). A Arábia Saudita não gostou desta mudança, como é natural, e tudo está fazer para complicar, neste aspecto, a auto suficiência dos EUA, que já produzem todo o petróleo de que necessitam.
Sabendo que a rentabilidade da produção de petróleo, a partir do gás de xisto, só é possível com o preço do barril acima dos cinquenta dólares, aumentaram em força a sua produção para a além da procura, provocando assim uma queda abrupta do preços, que passaram dos cerca de cem euros o barril para os actuais quarenta e cinco euros. E o preço poderá cair muito mais, por vontade da Arábia Saudita, cujo limite mínimo da sua produção, para garantir rentabilidade, poderá ir até aos dez euros o barril, uma vez que os seus poços têm têm pouca profundida, diminuindo assim os custos de produção.
Pressionados pelos EUA, os membros da OPEP pretendiam diminuir a produção, para que os preços subissem, mas a Arábia Saudita vetou esta proposta, que regimentalmente teria de ser aprovada por unanimidade, para que fosse aplicada.
É certo que os outros argumentos, tal como a quebra de produção na China e nos países emergentes (atenção à crise que aí vem) também tem de ser considerada nesta equação, mas a principal é esta, que possivelmente poderá trazer graves problemas futuros. As alianças e as promessas de eterna amizade não são eternas, e não me custa nada a crer que, se o regime sírio cair (os países ocidentais estã a fazer tudo para isso, os EUA transformarão rapidamente o rei da Arábia Saudita num ainda mais perigos Sadam Hussein, do Iraque.

domingo, 19 de maio de 2013

Raha foi a primeira mulher saudita a alcançar o cume do Evereste


Expedição de Raha Moharrak é um marco para a Arábia Saudita, onde o desporto ainda está interdito à maioria das mulheres.
Raha Moharrak, de 25 anos, foi a primeira mulher saudita a alcançar o cume do Evereste, a mais alta montanha do mundo, no Nepal, informaram as autoridades de turismo nepalesas.
De acordo com a organização não governamental Human Rights Watch, a Arábia Saudita, um reino muçulmano conservador, é o único país do mundo que ainda proíbe a participação de mulheres em actividades desportivas nas escolas públicas.
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Não se tratou apenas de um grande feito desportivo. A sua importância reside no significado do corajoso desafio à tirania dos clérigos muçulmanos da Arábia Saudita, que nega às mulheres os direitos da cidadania e o usufruto pleno da sua liberdade, incluindo o direito à prática do desporto, que, naquele país de mentalidade obscurantista e medieval, apenas está reservado aos homens.
As três religiões do Livro, que marcaram totalitariamente o destino milenar de grande parte da Humanidade, sempre tiveram dificuldade em lidar com o corpo e a sexualidade das mulheres, impondo-lhes regras cruéis ao seu comportamento e obrigando-as a uma obediência cega ao poder masculino. A religião islâmica, em muitos países, é aquela que tem resistido ao avanço imparável da modernidade dos direitos universais, que agora também começam a estar em perigo nos países ocidentais,  não já por causas religiosas, mas por outras frentes totalitárias e não menos obscurantistas e perversas, apoiadas na ditadura do capitalismo financeiro, que escolheu outra divindade, o mercado, e outros instrumentos de tortura, a dívida dos países periféricos. As multinacionais da Fé e as multinacionais do Capital complementam-se assim, na sua determinação de domesticarem o Homem, tentando submetê-lo aos seus desígnios e aos seus interesses egoístas. 

Nota: Na sua forma original, este texto foi publicado, contendo duas frases, na sua parte final, que, por erro de revisão, não foram eliminadas atempadamente, aparecendo, pois, descontextualizadas e incorretamente escritas. As minhas desculpas aos leitores.