Páginas

sábado, 31 de março de 2018

A política também é feita de humor…


A política também é feita de humor…

Por vezes, os dirigentes comunistas são criticados por terem um discurso político rígido, hirto e muito formal, como se fosse desenhado a régua e esquadro e talhado e moldado pela foice e pelo martelo, e em que faltam as subtilezas da linguagem, que, uma vez bem enquadradas, podem ter um efeito corrosivo enorme.
Foi esse efeito corrosivo, engalanado por uma subtil e oportuna ironia, que Jerónimo de Sousa conseguiu desmontar a gratuitidade (e, também, alguma hipocrisia) daquelas frases chavão, sonoras e grandiloquentes, que exprimem pensamentos sublimes e sedutores. mas que apenas valem pela sua amplitude metafórica, não tendo nenhuma repercussão na realidade vivida e sentida.
E com esta frase de antologia, "PCP defende aumentos salariais para que Marcelo deixe de ter vergonha da pobreza" Jerónimo de Sousa, sem deixar de fora o que politicamente exigia, arrasa, de uma penada, a vacuidade do pomposo discurso político, em que o disfarce, a demagogia e até a mentira andam de mãos dadas.

Alexandre de Castro
2018 03 31

sexta-feira, 30 de março de 2018

Um combate de boxe viciado à partida



Um combate de boxe viciado à partida

A Coreia do Norte há muito que diz estar aberta a abandonar o seu arsenal nuclear se os Estados Unidos retirarem as suas tropas da Coreia do Sul e cessarem a sua aliança de segurança do “guarda-chuva nuclear” com Seul, entre outras condições.
Os Estados Unidos, por seu lado, têm insistido num desmantelamento completo, verificável e irreversível do armamento nuclear da Coreia do Norte e de todas as infra-estruturas necessárias para a sua produção
PÚBLICO
 ***
Ronald Trump quer entrar num combate de boxe com o líder norte-coreano Kim Jong-un, mas com a condição de ser declarado vencedor, à partida, pelo que exige ao adversário que baixe os braços, para não se defender dos golpes desferidos.
Kim Jong-un já declarou, alto e em bom som, que está disposto a destruir o arsenal nuclear do seu país, desde que os Estados Unidos retirem as suas tropas da Coreia do Sul e cessem a sua aliança de segurança do “guarda-chuva nuclear” com Seul, entre outras condições, declaração esta que não teve retorno por parte dos Estados Unidos nem da Coreia do Sul, o que leva a concluir que as intenções destes dois países não são honestas e enformam de má-fé.
Alexandre de Castro
2018 03 30

quarta-feira, 28 de março de 2018

Cuidado com as cabalas do imperialismo…

.


Cuidado com as cabalas do imperialismo…


Andou bem o governo português em não alinhar com a histeria colectiva da expulsão de embaixadores russos nos países ocidentais, com base no argumento da tentativa de assassinato, por envenenamento, de um ex-espião russo, no Reino Unido, tentativa essa rapidamente atribuída, com uma grande ligeireza, à maldade de Putin, mas sem que fosse apresentada uma qualquer prova material e objectiva. Quem me diz a mim, que o antigo espião não foi vítima de uma operação levada a cabo pelos serviços secretos britânicos, num esquema combinado pelo governo britânico e pelo governo dos EUA, para assim, através deste incidente mediático, explorado até ao limite da infâmia, dar o pontapé de saída a uma nova guerra fria, que, nos tempos actuais, poderá transformar-se numa guerra quente?
Não tenho nenhuma prova para fazer esta presunção de culpa, é certo. Mas também a primeira-ministra britânica não possui nenhuma prova (pelo menos não a publicitou) de que aquela tentativa de assassinato tenha o dedo de Putin.
Por outro lado, uma campanha destas, mediaticamente bem programada e também bem executada e ampliada pela comunicação social do sistema, serve perfeitamente para desviar as atenções da opinião pública, em relação aos crimes de guerra que os EUA, através da CIA, e a França e o Reino Unido, através de destacamentos militares especializados, andam impunemente a cometer no território da Síria, repetindo o modelo que os EUA e a França aplicaram na Líbia, com os resultados que se conhecem: metade do mundo árabe, em vinte anos, foi devastado por guerras sanguinárias, levadas a cabo pelos EUA, como foi o caso da invasão do Iraque, ou com o seu apoio e patrocínio, como foi nos restantes casos. E disto ninguém fala, porque tudo foi feito em nome dos supremos valores da civilização ocidental.

Alexandre de Castro
2018 03 28
***«»***

MEU COMENTÁRIO NO FACEBOOK

Percorri alguns blogues progressistas da minha preferência e verifiquei uma grande sintonia de posições em relação a este caso do antigo espião russo.

No entanto, em alguns desses blogues também se refere a necessidade que a primeira-ministra-ministra, Theresa May, teria tido para construir uma narrativa empolgante, à maneira das tragédias gregas, para desviar a atenção da opinião pública britânica da discussão sobre o Brexit, que está a aquecer, como é natural.

Ao mesmo tempo, e isto já é da minha lavra, os países ocidentais aproveitaram a ocasião para mostrar ao mundo que estão unidos, o que é uma outra narrativa para tentar esconder as profundas divisões que estão a minar o bloco euro-americano.

A situação começa a ficar preocupante. A tentação do Trump de querer carregar o botão nuclear é enorme. Isto remete-me para os períodos antes das duas guerras mundiais, do século passado, em que os futuros beligerantes alternavam nas provocações, a fim de medir forças e intenções.

Os EUA chegaram a uma situação desesperada. Perderam a hegemonia militar, em relação à Rússia, e estão também a perder a posição dominante, a nível económico, em relação à China. Estes dois motivos ponderosos são suficientes para levar Trump a carregar no botão, antes que seja tarde, a fim de eliminar de vez os dois adversários. E é disto que eu tenho medo, pois as consequências para a Humanidade (aquela que viesse a sobreviver), seriam incalculáveis e nem sequer temos capacidade para as imaginarmos.

O Hitler não soube ponderar os riscos de uma guerra... E basta um doido, para fazer deflagrar a guerra, que todos nós tememos.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Défice orçamental armadilhado…





Défice orçamental armadilhado…


O ministro das Finanças, Mário Centeno, atacou o Eurostat
por ter "preconizado uma decisão errada" ao incluir
o custo com a capitalização da Caixa Geral de
Depósitos (CGD) no défice público de
2017 (em contabilidade nacional), fazendo-o
subir para 3% do produto interno
bruto (PIB). Se o Eurostat não
o tivesse feito, a operação
da CGD iria apenas à dívida
e o défice final seria
de 0,9%.


Tecnicamente o Eurostat tem razão. A injecção, feita pelo accionista Estado, na Caixa Geral de Depósitos, em 2017, no valor de 3.944 milhões de euros, a fim de evitar a sua insolvência, deve ser registada como despesa no Orçamento de Estado daquele ano. E isto, por uma razão muito simples, que nenhum artifício político pode desmentir. É que, desde sempre, quando a Caixa Gera de Depósitos obtinha lucros, os respectivos dividendos, entregues ao accionista Estado, eram contabilizados, em termos orçamentais, como receita. Não se pode, ao mesmo tempo, ter sol na eira e chuva no nabal, nem mudar as regras, ao sabor das conveniências do momento.
No entanto, falta saber se não houve veneno político nesta decisão do Eurostat, destinada a obrigar Portugal a ir mais além na política de austeridade, uma vez que, com esta manobra contabilística, o défice orçamental de 2017 trepa dos 0,9% (já andavam por aí a lançar foguetes) para os três por cento, que é o que vai valer, no futuro, para os burocratas de Bruxelas , que mandam no país - situação que muitos portugueses ainda não perceberam, porque teimam em não querer perceber - poderem impor rígidas barreiras aos gastos do Estado Português, principalmente ao nível da Saúde e da Educação, dois pilares exemplares do nosso Estado Social, que eles e os seus patrões (leia-se Alemanha e França) ainda não conseguiram engolir.

Alexandre de Castro
2018 03 26

domingo, 25 de março de 2018

Catalunha: A Europa com dois pesos e duas medidas…

Fotografia SAPO


Milhares de pessoas estão hoje a protestar nas ruas de Barcelona contra a detenção do ex-presidente do Governo Regional da Catalunha Carles Puigdemont e a prisão de cinco políticos independentistas, o que já levou à intervenção da polícia.
SAPO


Catalunha: A Europa com dois pesos e duas medidas…

Se o Putin prendesse um seu opositor, na Rússia, caía o Carmo e a Trindade, e a chinfrineira na comunicação social domesticada seria infernal e ensurdecedora, até á náusea.
Prender um líder político, eleito pelo povo, parece não causar nenhum prurido nem nenhum sobressalto, nos círculos políticos dos civilizados países europeus.
Dois pesos e duas medidas.
O encapotado franquismo de Madrid pode prender os dirigentes políticos independentistas da Catalunha, mas não pode prender um povo inteiro.
E, mais tarde ou mais cedo, a Catalunha será LIVRE E INDEPENDENTE, por direito histórico inalienável.

Alexandre de Castro
2018 03 25

quinta-feira, 22 de março de 2018

Relembrando de memória…



Negligência da EDP pode ter causado
o maior incêndio de sempre

Tal como em Pedrógão Grande, há fortes suspeitas de que o maior incêndio da história de Portugal, que queimou 45 mil hectares e atingiu nove concelhos a meio de outubro de 2017, começou devido a uma linha elétrica da EDP.
TSF


Relembrando de memória

Todos aqueles que há trinta anos apoiaram convictamente as desnacionalizações das empresas, (incluindo a EDP), que o governo de Vasco Gonçalves tinha nacionalizado, devem agora estar a remoer a sua consciência, da sua parte na culpa colectiva, induzida, na altura, pela acção contra-revolucionária dos partidos do arco do poder (PS, PSD e CDS).  
Nesses tempos, já recuados, esses fanáticos apoiantes das desnacionalizações não deram ouvidos aos apelos do PCP, que considerava mais vantajoso para a vida dos portugueses e para o desenvolvimento do país a gestão estatal das empresas estratégicas.
Actualmente, a EDP é uma empresa majestática, que tem, face ao Estado, privilégios escandalosos, ao nível de impostos e ao nível do seu posicionamento no mercado da electricidade, onde goza de «amplas liberdades», sendo pois necessário eliminar esse estado de favor, que é humilhante para o país.

Alexandre de Castro
2018 03 22

quarta-feira, 21 de março de 2018

Os portugueses não podem contar com o ministro das Finanças, Mário Centeno.

.



A forte restrição orçamental, quer pela via do
financiamento operacional, quer pela via
do investimento, tem condicionado
a capacidade do Hospital Público em melhorar
os seus índices de desempenho qualitativo.
Sejamos claros, as transferências do Orçamento
do Estado para o Serviço Nacional de
Saúde (SNS) em percentagem do PIB têm
 vindo em queda desde pelo menos 2010,
sendo o ano de 2018 o mais baixo do período.
Sim, mais baixo que durante o programa de
ajustamento económico e financeiro (PAEF).
Sendo o orçamento o instrumento por excelência
de aplicação de políticas públicas, esta é a
prioridade dada ao SNS — o menor
investimento em percentagem do
PIB desde 2010.


Dois terços dos hospitais pagam dívidas com atraso.
O problema pôs a Comissão Europeia em alerta e
levou o ministro das Finanças a pôr o sector sob
vigilância de um grupo de trabalho: os hospitais
mais demorados chegam a levar ano e meio
para saldar dívidas, um problema que
os representantes dos médicos e dos
enfermeiros dizem sentir-se
em todo o país.
PÚBLICO


Respondendo à pergunta do Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, pergunta com que termina o seu assertivo texto, eu respondo: Não... Não, não podem. Os portugueses não podem contar com o actual ministro das Finanças, Mário Centeno. E isto, além de outras razões de âmbito ideológico e político, pelo simples facto de ele ser também, simultaneamente, Presidente do Euro Grupo, o que o obriga a ter de obedecer mais à Comissão Europeia do que defender os verdadeiros interesses de Portugal. Aliás, a sua eleição para aquele alto cargo, cozinhada pela Comissão Europeia, teve precisamente esse objectivo, o de retirar a Portugal a capacidade de regatear qualquer medida mais musculada, que venha a ser proposta e aplicada. E não é por acaso que Centeno se apressou a fazer cativações de verbas já consignadas no Orçamento de Estado do corrente ano, de várias áreas da governação, incluindo, muitas delas, as destinadas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), que, neste momento, já está a passar por grandes dificuldades financeiras, de subfinanciamento e de pessoal, e que estão a ameaçar a sua sustentabilidade e o seu funcionamento pleno, e, acima de tudo, o seu futuro.

É no palco de Bruxelas que Centeno quer brilhar, e isso limita a sua capacidade de defender os interesses de Portugal, por mais que os socialistas possam dizer o contrário. E isso interessa ao Presidente da Comissão Europeia, que assim evita fazer o papel do mau da fita, quando for necessário apertar o garrote à despesa nas áreas sociais, cuja previsível degradação e disfuncionamento nada  interessam aos donos da Europa e aos seus representantes, em Bruxelas.
Alexandre de Castro
2018 03 21

segunda-feira, 19 de março de 2018

Floresta Amazónia ameaçada…


Com um clik, amplie a imagem do vídeo.

Isto diz-nos respeito. Aliás, isto diz respeito a toda a Humanidade. E não podemos ficar calados, perante a tentativa do actual governo do Brasil de querer vender a investidores estrangeiros, e para fins industriais, uma área significativa da maior floresta do mundo, a Amazónia, o que conduziria à sua lenta e progressiva destruição.

Sem a Amazónia, a grande fábrica natural de oxigénio, os desequilíbrios ambientais, em todo mundo, seriam dramáticos, quer para a saúde humana, quer para a agricultura, da qual dependemos para viver.

E a melhor maneira de participares nesta luta é divulgares este vídeo pelos teus amigos, pedindo-lhes que façam o mesmo. É o que eu estou a fazer.

Alexandre de Castro.
2018 03 18

Vídeo enviado pela minha amiga, a "poeta" Maria Gomes.

domingo, 18 de março de 2018

Bloco Central informal...


PCP afirma estar em curso no país um "Bloco Central informal" PSD/PS


O secretário-geral do PCP afirmou hoje que está em curso no país um "Bloco Central informal" entre PSD e PS, convergência em que os sociais-democratas já preparam uma revisão constitucional a pretexto de uma reforma na justiça.
Jerónimo de Sousa [In NOTÍCIAS AO MINUTO]


***«»***


Vai ser um Bloco Central informalmente formal

O Partido Socialista fez um casamento, com separação bens, com os partidos de esquerda, mas, agora, quer continuar a ir dormir à casa da amante, com quem, aliás, sempre andou a dormir. E este adultério é apadrinhado pelos seus primos políticos de Bruxelas e de Berlim, que sempre torceram o nariz a este casamento, considerado politicamente contra natura.

O doutor Costa, em breve, vai começar a dizer que não se tratou de um casamento, mas sim de um arranjinho de ocasião, para satisfazer as necessidades do poder, e já começou a construir a metáfora adequada às suas ambições, (as partidárias e as pessoais), em que o Partido Socialista será o árbitro de um combate de boxe, entre a esquerda e a direita, quando afirmou que é necessário fazer consensos alargados com todo o espectro político, uma vez que estão em causa grandes opções, ligadas à UE, e que vão repercutir-se nas várias legislaturas futuras, o que é uma grande falácia, pois é na cozinha de Bruxelas que se escolhem as ementas e se cozinham os pratos, dispensando-se os temperos que o doutor Costa julga (ou finge que julga) poder acrescentar.

Alexandre de Castro
2018 03 18

sexta-feira, 16 de março de 2018

Adeus, Stephen Hawking…





Adeus, Stephen Hawking…


Foste habitar aquela estrela, que descobriste,
e pela qual te apaixonaste,
depois de teres encontrado Deus
num buraco negro, onde ELE se escondia,
para o obrigares a renegar tudo o que ELE dizia
sobre a criação do Universo e da vida humana…

Do teu corpo morto fizeste uma nova vida
para o nosso espanto,
pois não temos a tua força nem a tua inteligência
nem sabemos devorar as insónias
das galáxias, das estrelas, dos planetas e dos cometas
e tudo aquilo que a Física Quântica
provoca nas nossas cabeças
com as suas insondáveis incógnitas…

Nasceste no dia em que Galileu, há trezentos anos, morreu,
e morreste no dia em que Einstein nasceu,
na ponta final de dois séculos atrás,
e eu não sei se isto não foi uma partida de Deus,
para vos catalogar à entrada do céu…

O que eu sei é que vais levar os seus corações na tua mão
para que a Física vença a ignorância
e triunfe no meio das trevas e da escuridão…

Adeus, Stephen Hawking…

Alexandre de Castro

Lisboa, Março de 2018

segunda-feira, 12 de março de 2018

O escândalo Novartis que está a abalar a Grécia

© Swipe News, SA © Fornecido por ECO - Economia Online

O escândalo Novartis que está a abalar a Grécia

Os dez políticos gregos, alegadamente envolvidos no esquema de corrupção da Novartis (uma multinacional farmacêutica suíça), já fizeram saber que pretendem ser julgados em Portugal.
(Nota de humor, claro)

Alexandre de Castro
2018 03 12

Soberbio Dali




Depois de Dali e de Picasso, nada passou a ser igual no universo da Pintura.
A transgressão do cânone é o motor das revoluções, sejam elas artísticas, políticas, sociais, económicas, tecnológicas ou de outra natureza. Por isso, não aceitemos nada como definitivo, nem nos acomodemos à inércia da nossa mente, que nos convida preguiçosamente a ofuscar a nossa clarividência.

Alexandre de Castro
2018 03 11

quinta-feira, 8 de março de 2018

CARTA PARA O FUTURO...



Desemprego real atingiu os 17,5%
no final de 2017, o dobro do oficial

Entre os “desencorajados” que desistiram
de procurar emprego, os indisponíveis
para trabalhar, os trabalhadores em part-time
à força e os chamados “ocupados”
do IEFP, o desemprego real fixava-se
nos 17,5%, no final de 2017,
calculam investigadores.

CARTA PARA O FUTURO...

O problema está na raiz da árvore e não nas suas folhas, que já estão a amarelecer. O que quer dizer que o problema é estrutural e não de conjuntura, o que amplia a sua gravidade.

Não queiram tapar o sol com a peneira, escondendo a negra realidade do momento, com os jogos florais dos discursos dos políticos, que são enganadores, quer os do governo, quer os da anquilosada direita, nem se escondam atrás das estatísticas que não reflectem a realidade.

Portugal está a caminhar para o abismo e a iniciar um percurso de uma crise profunda, que só terá paralelo com a crise de 1580, em que perdeu a sua independência política. Se Portugal já é o "Trás-os- Montes" da Europa do Euro, arrisca-se, também, a vir a ser uma uma região de Espanha, depois de ser decretada a sua insolvência. pelos donos da Europa. E o sinal desta secreta intenção veio de Mario Drague, o presidente do BCE, que advogou, perante a crise financeira, a absorção dos bancos portugueses pelos bancos espanhóis, plano este que não foi para a frente, porque a czarina do Novo Império estava com medo da ascensão dos partidos populistas da extrema-direita, nas eleições que iriam decorrer em vários países europeus, incluindo na Alemanha. E a hipótese de criar o Euro B, para Portugal e para os países de leste ainda não foi descartada.

E um dos pilares que poderá conduzir Portugal para o abismo é precisamente o desemprego da actual geração de jovens, que vai persistir, e que vai ter reflexos na demografia, devido à quebra da natalidade, que já está verificar-se. E venha lá um qualquer político, chame-se ele Costa, Coelho, Rio ou até Marcelo, e que venha indicar-me o país que conseguiu crescer economicamente, com a sua taxa de natalidade persistentemente a cair.
Alexandre de Castro
2018 03 08

quarta-feira, 7 de março de 2018

Não é a Síria o país agressor…


Ler comunicado da CPPC aqui


Não é a Síria o país agressor…

Nesta guerra hedionda, não é a Síria o país agressor. Devido à sua oposição ao Estado de Israel, que lhe invadiu e ocupou os Montes Golã, em 1967, a Síria sempre esteve na mira dos EUA, cujas sucessivas administrações obedeceram e obedecem ao poderoso Movimento Sionista Internacional.

Não podendo fazer uma guerra directa, como aconteceu no Iraque de Sadam Hussein, devido à impopularidade que tal decisão acarretaria, no mundo e entre os os seus cidadãos, os EUA optaram, a partir dessa altura, por encomendar guerras a terceiros, através da CIA, quer organizando, treinando e financiando exércitos de mercenários, em países árabes amigos, que se fazem passar por opositores rebeldes dos regimes recalcitrantes, a abater, quer estimulando minoritários grupos separatistas.

Este modelo foi testado na Líbia, tendo a França, de Nicilas Sarkozy, tomado parte activa.

Trata-se de uma nova forma de terrorismo, ao qual os países ocidentais têm dado cobertura, quer pela cumplicidade dos respectivos governos, quer pela acção desinformativa da comunicação social domesticada, e que é necessário desmascarar, a fim de fazer prevalecer o Direito Internacional e de garantir a paz mundial.

Alexandre de Castro

2018 03 07

P.S.


Quem é que lançou napalm sobre estas crianças vietnamitas?

Os sírios?

Os russos?

Os chineses?

Não!... Foram os americanos!..

E o mundo ficou calado e mudo!...

segunda-feira, 5 de março de 2018

Operação Marquês: O julgamento será também o julgamento do Regime



Tribunal da Relação rejeita afastamento do juiz Carlos Alexandre da Operação Marquês

 O Tribunal da Relação não aceitou o pedido de afastamento do juiz Carlos Alexandre do processo Operação Marquês, como pretendia a defesa do ex-primeiro-ministro José Sócrates. O tribunal considerou "extemporâneo" e "sem fundamento legal" um recurso da defesa de José Sócrates para que o juiz Carlos Alexandre fosse impedido de intervir no processo Operação Marquês, disse o advogado Pedro Delille.

***«»***

 Operação Maquês: O julgamento será também 
o julgamento do Regime

Foi dado mais um passo para que realize, em tempo útil, o julgamento dos arguidos do Processo da Operação Marquês.

Trata-se de um julgamento do próprio Regime, pois corporiza a oculta e a íntima ligação entre os interesses do capital financeiro e os interesses dos agentes políticos ao serviço do Estado.

A partir do seu desfecho, nada mais pode ser igual, mesmo que a Justiça, cedendo a pressões, claudique na sua decisão final, perante as provas documentais, meticulosamente carreadas para o processo, pelo procurador Rosário Teixeira.

Alexandre de Castro
2018 03 05



sexta-feira, 2 de março de 2018

Video Galeria _ Afonso Armada de Castro





Vídeo Galeria

Como pai do autor, não irei fazer nenhuma abordagem crítica a este seu trabalho.
No entanto, deixo aqui a opinião de um pintor consagrado, Ribeiro Farinha: " É um trabalho de características geométricas, nada orgânicas, mas que apresenta composições muito equilibradas: linhas verticais a atingir alguma sublimidade (ou instabilidade) em contraponto com as linhas horizontais. a restabelecer a ordem e a calma".
Alexandre de Castro
2018 03 02

quinta-feira, 1 de março de 2018

Recuso fazer a contabilidade da morte...





Recuso fazer a contabilidade da morte...


Recuso fazer a sinistra contabilidade
da morte, que companheiros ceifa,
o tempo escurece nas saliências da memória
e as flores da primavera já não são as mesmas
esgotam-se as incandescências da luz
que vestimos na juventude,
a endoidecer os astros
que nos acusavam aos deuses
das nossas tropelias e rebeldias…

Era o tempo puro da liberdade das aves
que não queriam morrer na praia nem no deserto…
Era a vida a pulsar nos punhos,
no turbilhão do sangue
e que agora morre, irremediavelmente,
no turbilhão do Tempo.

Alexandre de Castro

Lisboa, Dezembro de 2017