Desemprego
real atingiu os 17,5%
no final
de 2017, o dobro do oficial
Entre os
“desencorajados” que desistiram
de procurar emprego, os
indisponíveis
para trabalhar, os
trabalhadores em part-time
à força e os chamados
“ocupados”
do IEFP, o desemprego
real fixava-se
nos 17,5%, no final de
2017,
calculam investigadores.
CARTA PARA
O FUTURO...
O problema está na raiz da árvore e não nas suas
folhas, que já estão a amarelecer. O que quer dizer que o problema é estrutural
e não de conjuntura, o que amplia a sua gravidade.
Não queiram tapar o sol com a peneira,
escondendo a negra realidade do momento, com os jogos florais dos discursos dos
políticos, que são enganadores, quer os do governo, quer os da anquilosada
direita, nem se escondam atrás das estatísticas que não reflectem a realidade.
Portugal está a caminhar para o abismo e a
iniciar um percurso de uma crise profunda, que só terá paralelo com a crise de
1580, em que perdeu a sua independência política. Se Portugal já é o
"Trás-os- Montes" da Europa do Euro, arrisca-se, também, a vir a ser
uma uma região de Espanha, depois de ser decretada a sua insolvência. pelos
donos da Europa. E o sinal desta secreta intenção veio de Mario Drague, o
presidente do BCE, que advogou, perante a crise financeira, a absorção dos
bancos portugueses pelos bancos espanhóis, plano este que não foi para a
frente, porque a czarina do Novo Império estava com medo da ascensão dos
partidos populistas da extrema-direita, nas eleições que iriam decorrer em
vários países europeus, incluindo na Alemanha. E a hipótese de criar o Euro B,
para Portugal e para os países de leste ainda não foi descartada.
E um dos pilares que poderá conduzir Portugal
para o abismo é precisamente o desemprego da actual geração de jovens, que vai
persistir, e que vai ter reflexos na demografia, devido à quebra da natalidade,
que já está verificar-se. E venha lá um qualquer político, chame-se ele Costa,
Coelho, Rio ou até Marcelo, e que venha indicar-me o país que conseguiu crescer
economicamente, com a sua taxa de natalidade persistentemente a cair.
Alexandre
de Castro
2018 03 08