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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ex-ministro grego: "Vitória de Merkel significa o empobrecimento dos países do sul"


O ex-ministro da Presidência grego, Georges Contogeorgis, afirmou hoje, em Coimbra, que a vitória de Angela Merkel nas eleições alemãs de domingo significa "a desvalorização económica e o empobrecimento" dos países do sul da Europa.
Os países do sul "não vão sair deste impasse nem nesta, nem, provavelmente, na próxima geração", disse Georges Contogeorgis à agência Lusa, no final de uma conferência organizada pelo Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra, intitulada "Da crise ocidental à crise da Europa política - A natureza da crise".
O também ex-reitor da Universidade de Panteion de Atenas considerou que os governos de Portugal e Grécia "estão conformados" e "de acordo" com as medidas impostas pela ‘troika', defendendo que os países do sul, juntamente com o apoio da França, deveriam "exprimir-se, a uma só voz, contra a política alemã".
Notícias ao Minuto

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Estou de acordo com a posição expressa pelas duas altas individualidades gregas, que marcaram presença na conferência organizada pelo Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra, quando referem a pulsão totalitária da Alemanha, ao querer exercer uma hegemonia económica e política no continente europeu, um desígnio sucessivamente tentado, sempre sem sucesso, desde o início do último quartel do século XIX. Já aqui escrevi que a Alemanha de Merkel pretende fazer com o euro e com a política de austeridade o que Hitler não conseguiu fazer com os tanques e os canhões. Contando com a cumplicidade dos governos europeus (conservadores, socialistas e sociais democratas), a Alemanha, com o falso pretexto das dívidas soberanas, declarou uma guerra financeira aos países periféricos, procurando transformá-los, através das instituições comunitárias, em verdadeiros protetorados. Com esta política assassina, a Alemanha também procura salvar a desagregação da UE e da sua moeda única - uma e outra à beira da ruptura, tal é a instabilidade financeira instalada na Europa - recuperando para o BCE os resultados líquidos da austeridade, na forma de juros, respeitantes aos empréstimos dos chamados planos de ajustamento orçamentais, que por sua vez são canalizados à taxa de um por cento para os bancos do sistema financeiro europeu, o que permitirá cobrir os passivos tóxicos (títulos de dívida incobráveis), num processo que durará mais cinco anos, segundo a previsão das autoridades alemãs.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Jerónimo critica PS por querer "sol na eira e chuva no nabal" em relação a ´troika´


O secretário-geral do PCP foi hoje acolhido por uma Cuba unida em torno da Coligação Democrática Unitária (CDU) e voltou a condenar o PS por querer "sol na eira" do Parlamento e "chuva no nabal" das autarquias.
O secretário-geral do PCP foi hoje acolhido por uma Cuba unida em torno da Coligação Democrática Unitária (CDU) e voltou a condenar o PS por querer "sol na eira" do Parlamento e "chuva no nabal" das autarquias.
"Como é que eles, lá na Assembleia da República, com a ´troika', assinam uma coisa e depois vêm para as autarquias dizer que defendem os interesses de quem trabalha ?"

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O Partido Socialista continua a não querer demarcar-se do memorando da troika, que assinou, e que é o fator estruturante de toda a política de austeridade, imposta pela Alemanha aos países periféricos, através da União Europeia. Pedir a aplicação de políticas de crescimento e o fim da austeridade, sem exigir a renegociação da dívida e o alargamento dos prazos das suas maturidades, é o mesmo que pedir a um pescador, a quem roubaram a cana, que continue a pescar. O ciclo vicioso provocado pelo roubo das pensões, pelos cortes nos salários e pela descaracterização dos pilares do Estado Social, ao repercutir-se gravemente na diminuição do consumo interno e na consequente falência das pequenas e médias empresas não favorece o crescimento económico nem o crescimento do emprego, tal como a realidade dos últimos dois anos de austeridade inequivocamente demonstrou.
As próximas eleições do dia 29 de Setembro, além de servirem para escolher os autarcas para o exercício do Poder Local, devem constituir uma oportunidade para mostrar um cartão vermelho ao atual governo e aos partidos da troika

domingo, 22 de setembro de 2013

Lamego: Apelo ao voto em versao sexy

Jovem explica que a sua "primeira vez" será no dia 29 de setembro.
Amabilidade de João Fráguas

Provavelmente, a cidade de Lamego, a cidade da minha adolescência, vai ser comentada pelas piores razões: a da indignidade. A indignidade de um candidato (da coligação PSD/CDS) à presidência do executivo camarário, que não hesitou em recorrer grotescamente ao universo da sexualidade feminina para promover a sua campanha, provavelmente porque lhe escasseiam argumentos de natureza política. Foi ultrapassada a linha vermelha da decência e ofendida a dignidade da democracia, que todos os políticos têm o dever de respeitar. Como cidadão e como candidato à presidência de uma câmara municipal, a do concelho de Ourém, sinto-me envergonhado.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

OXFAM: Portugal tem beneficiado “elites económicas” e arrisca-se a ser um dos países mais desiguais


Ou a Europa arrepia caminho em relação à austeridade ou o resultado da receita será apenas mais pobreza. Esta é a principal conclusão do último relatório da organização não governamental (ONG) Oxfam, que destaca Portugal como um dos casos onde as políticas seguidas estão a beneficiar apenas os mais ricos e a colocar o país em risco de se tornar num dos mais desiguais do mundo.
De acordo com o relatório da Oxfam, se nada for feito e as medidas de austeridade actualmente em vigor continuarem a ser implementas, em 2025 vão estar em risco de pobreza cerca de 25 milhões de europeus. “Apelamos aos Governos europeus que liderem um novo modelo social e económico que invista nas pessoas, reforce a democracia e procure um sistema fiscal justo”, afirma Natalia Alonso, responsável pela Oxfam na União Europeia.
Outro problema é que a organização, que foi formada em 1995 por 17 ONG internacionais espalhadas por 90 países, estima que possam ser necessários 25 anos para que se recupere o nível de vida que se tinha antes da crise económica e financeira – um caminho que só poderá ser invertido com medidas muito bem estruturadas de combate à pobreza.

Mais endividamento, menos crescimento
O relatório intitulado A Cautionary Tale: The true cost of austerity and inequality in Europe surge nas vésperas do encontro dos ministros europeus da Economia e pretende alertar os responsáveis políticos para que os resgates financeiros que têm vindo a ser feitos apenas estão a causar níveis de pobreza e de desigualdade que podem perdurar décadas. “Pelo contrário, as medidas de austeridade não estão a conseguir reduzir o nível de endividamento tal como se supunha que fariam, nem a impulsionar um crescimento económico inclusivo”, diz a Oxfam.
Ainda em relação a Portugal, a ONG salienta que a crise está a afectar muitos jovens, mas também a dificultar a vida a populações que são sempre mais vulneráveis nestas alturas, como as mulheres. Além disso, mesmo quando se mantêm os apoios sociais “adoptam-se diversas medidas que aumentam os requisitos que devem cumprir os desempregados” para poderem aceder às ajudas.

Desigualdade nos rendimentos
O relatório salienta também a pressão internacional para Portugal privatizar serviços como a energia, água e transportes, assim como alguns serviços de saúde, ao mesmo tempo que deveria liberalizar o mercado laboral. Só que aponta que tudo isto foi feito sem a garantia das devidas protecções ao emprego e sem uma vigilância apertada.
“Grécia, Portugal e Espanha aplicaram políticas dirigidas a desmantelar os sistemas de negociação colectiva, o que provavelmente se traduzirá no aumento da desigualdade e na queda contínua do valor real dos salários”, lê-se no documento – que refere ainda o aumento o IVA como mais um factor que dificultou o poder de compra no país.
Sobre Portugal é ainda dito que entre 2010 e 2011 a desigualdade nos rendimentos tem beneficiado as “elites económicas”, dando-se como exemplo o crescimento do mercado de bens de luxo, e é dito que após as crises financeiras em geral os mais ricos vêem os seus rendimentos crescer 10% enquanto os mais pobres os perdem na mesma proporção.

Lições da América Latina, Sudeste Asiático e África
Para esta organização a União Europeia deve tirar lições de outros períodos de austeridade que foram, por exemplo, vividos em países da América Latina, do Sudeste Asiático ou de África durante as décadas de 1980 e 1990, para evitar cair nos mesmos erros.
“A gestão europeia da crise económica ameaça reverter décadas de progresso em matéria de direitos sociais. Os agressivos cortes na segurança social, na saúde e na educação, as reduções nos direitos dos trabalhadores e um sistema fiscal injusto estão a envolver milhões de cidadãos europeus num ciclo vicioso de pobreza que pode perdurar durante gerações. Não faz nenhum sentido nem do ponto de vista moral nem económico”, reforça Natalia Alonso. A responsável insiste que as medidas tomadas apenas beneficiam os 10% da população mais rica.
No relatório são citados exemplos concretos de países, além de Portugal, como Espanha, Grécia, Irlanda e Reino Unido, onde a austeridade está a ser aplicada de forma mais rigorosa, defendendo-se que “rapidamente estarão entre os países com maior desigualdade do mundo se os seus líderes não mudarem de rumo”.
Aliás, o documento lembra que as próprias instâncias internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, três anos após os memorandos de entendimento com alguns países “estão a reconhecer que as suas medidas não só não conseguiram reduzir o endividamento público e os défices orçamentais, como pelo contrário aumentaram a desigualdade e travaram o crescimento económico”.
O próprio prefácio deste relatório é feito pelo Nobel da Economia Joseph Stiglitz que escreve que “a onda de austeridade económica que varreu a Europa corre o risco de provocar danos sérios e permanentes ao modelo social”, insistindo que “está a contribuir para a desigualdade que vai tornar as fraquezas económicas mais duradouras”.

Mais pobres que os pais
Para a Oxfam os recordes atingidos no desemprego são o maior exemplo disso, sobretudo entre os mais jovens, assim como a redução de salário. “Pelo menos um em cada dez famílias europeias com trabalho vive na pobreza e esta estatística pode piorar gravemente”, alerta o relatório, que diz que mesmo as pessoas com trabalho serão muito mais pobres que os seus pais.

A Oxfam insiste que a história se está a repetir e que “os nossos líderes estão a ignorar as consequências das medidas de austeridade”, voltando a citar casos em que houve cortes ou privatizações na saúde e na educação e em que a consequência foi “um fosso entre pobres e ricos”. “A Indonésia demorou dez anos a voltar aos níveis de pobreza de 1997 enquanto alguns países latino-americanos demoraram 25 anos a voltar ao que tinham antes de 1981”, defende Natalia Alonso.

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Um relatório arrasador e demolidor que projeta para o futuro um cenário dantesco e aterrador.
Com a insistência obsessiva de aplicar duras políticas de austeridade, invocando o álibi da correção de défices públicos excessivos e também a solvência das enormes dívidas externas, que o próprio sistema bancário internacional provocou, para delas obter elevados juros, muitos deles já cobrados, o imperialismo financeiro ocidental procura agora a desvalorização salarial, principalmente a dos salários mais baixos (mantendo intocáveis os rendimentos do capital), para poder ganhar competitividade, a nível económico, em relação aos países emergentes, principalmente os do leste da Ásia, que, com salários mais baixos e com o acesso já garantido às tecnologias de ponta e a todas as áreas do conhecimento, ameaçam a economia da Europa e a dos Estados Unidos. O que está a ser feito com a austeridade é provocar o nivelamento por baixo, reduzindo salários e pensões de reformas e libertando as correspondentes disponibilidades financeiras dos estados, através da destruição do Estado Social, para disponibilizar para os bancos e para os projetos dos grupos económicos. Em Portugal, já se percebeu que o governo vai destruir parte do Serviço Nacional de Saúde (a parte mas rentável), e a escola pública para outorgar ao setor privado a respetiva gestão e exploração. O mesmo se irá passar com a Segurança Social, com as seguradoras a abocanharem a parte de leão. Tudo isto em prejuízo da classe média e das camadas populacionais mais frágeis.
Prossegue, pois, por parte do imperialismo financeiro ocidental, a tentativa de promover a transferência da riqueza dos países pobres para os países mais ricos, e, dentro de cada país, transferir os rendimentos do trabalho para os rendimentos do capital.
É este o grande plano do capitalismo, que, para melhor atingir os seus objetivos, se serve da cumplicidade de governos liberais, socialistas e sociais democratas, engajados ao sistema, e da complexa rede de off shores, que, na década de setenta do século passado, criou e espalhou pelo mundo, para resguardar os capitais da cobrança de impostos, nos seus respetivos países de origem, como a ONG Oxfam denunciou em Maio último (ver aqui).
AC

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Definição de "jotinha"...


Definição de jotinha:
Espécie animal invertebrada, da família dos moluscos, que, tal como o eucalipto, no mundo vegetal, contamina irreversivelmente o ambiente, secando tudo à sua volta. Exala um cheiro nauseabundo.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Autárquicas 2013: Debate do Notícias de Ourém a 16 de Setembro


Autárquicas 2013
Debate do Notícias de Ourém a 16 de Setembro

O Notícias de Ourém promove um debate com os quatro candidatos à presidência da Câmara Municipal de Ourém a 16 de Setembro. Em ambiente informal, no Arte Caffé, em Ourém, a partir das 21h30.
Será um momento para conhecer as propostas de cada um para os próximos quatro anos, bem como, tempo de balanço deste mandato.