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domingo, 11 de outubro de 2015

EUA: os números não iludem a realidade...


Os media que se auto-apregoam como "referência" insistem em que, ao contrário da Europa, a economia dos EUA estaria em recuperação. Mas ao examinar este gráfico pode-se perguntar:   se isto é recuperação, o que seria uma recessão?

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A guerra surda do petróleo entre os EUA e a Arábia Saudita...


A guerra surda do petróleo entre os EUA e a Arábia Saudita

A história contada neste vídeo, sobre as causas que estão a pressionar a queda de preços do petróleo, está mal contada. Às justificações apresentadas falta acrescentar uma outra, que é inédita, mas que se perfila, neste momento, como a mais importante, e que vem a ser a guerra surda que se estabeleceu entre os EUA e a Arábia Saudita (velhos aliados), à volta do petróleo.
Os EUA sempre foram o principal cliente da Arábia Saudita, nas compras do petróleo, mas, nos últimos tempos, as encomendas dos americanos têm diminuído na mesma proporção do aumento da sua própria produção de petróleo, proveniente do gás de xisto (um processo altamente poluente). A Arábia Saudita não gostou desta mudança, como é natural, e tudo está fazer para complicar, neste aspecto, a auto suficiência dos EUA, que já produzem todo o petróleo de que necessitam.
Sabendo que a rentabilidade da produção de petróleo, a partir do gás de xisto, só é possível com o preço do barril acima dos cinquenta dólares, aumentaram em força a sua produção para a além da procura, provocando assim uma queda abrupta do preços, que passaram dos cerca de cem euros o barril para os actuais quarenta e cinco euros. E o preço poderá cair muito mais, por vontade da Arábia Saudita, cujo limite mínimo da sua produção, para garantir rentabilidade, poderá ir até aos dez euros o barril, uma vez que os seus poços têm têm pouca profundida, diminuindo assim os custos de produção.
Pressionados pelos EUA, os membros da OPEP pretendiam diminuir a produção, para que os preços subissem, mas a Arábia Saudita vetou esta proposta, que regimentalmente teria de ser aprovada por unanimidade, para que fosse aplicada.
É certo que os outros argumentos, tal como a quebra de produção na China e nos países emergentes (atenção à crise que aí vem) também tem de ser considerada nesta equação, mas a principal é esta, que possivelmente poderá trazer graves problemas futuros. As alianças e as promessas de eterna amizade não são eternas, e não me custa nada a crer que, se o regime sírio cair (os países ocidentais estã a fazer tudo para isso, os EUA transformarão rapidamente o rei da Arábia Saudita num ainda mais perigos Sadam Hussein, do Iraque.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

DÍVIDA PÚBLICA - A MAIOR FRAUDE DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE!

Amabilidade de João Fráguas
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Já seria um grande avanço, se o Estado recuperasse o poder da emissão de moeda, que emprestaria a juro baixo aos bancos comerciais, com a condição de estes não ultrapassarem, nos empréstimos às empresas e às famílias, o valor das suas reservas (as de capitais próprios e as referentes aos capitais resultantes dos empréstimos, efetuados pelo Estado), para que, através desta via, não se constituíssem emissores de moeda.
Mas eu continuo a defender que os bancos, na sua atividade creditícia e de depositários das poupanças, deveriam ser nacionalizados, para que os lucros revertessem para o Estado, o que iria permitir, por exemplo, baixar os impostos e dinamizar mais a economia.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Notas do meu rodapé: Foi sol de pouca dura!...


Wall Street fecha mista dominada por incertezas sobre plano europeu
A bolsa de Nova Iorque terminou a sessão de hoje em terreno
"misto", sem direcção definida, com o índice Dow Jones (DJI)
a perder 0,34 por cento enquanto o Nasdaq (mais ligado às
tecnológicas) registou ganhos de 0,03 por cento.
A sessão ficou marcada pelas dúvidas dos investidores quanto
ao plano de urgência na zona euro, após a euforia da véspera,
em que Wall Street registou a mais forte valorização diária
desde Março de 2009, com o DJI a ganhar 3,9 por cento.
Alguns investidores interrogavam-se sobre a pertinência de
"resolver um problema de dívida soberana criando ainda mais
dívida", outros ainda devido à falta de detalhes, indicou
Patrick O’Hare, do site de análise Briefing.com.
PÚBLICO
PSI-20 regressa ao vermelho com 19 títulos em queda
A bolsa nacional encerrou em baixa, a corrigir dos fortes ganhos
de ontem, devido aos receios de que o fundo de emergência
UE/FMI no valor de 750 mil milhões de euros possa não ser
suficiente para solucionar a crise da dívida soberana nalgumas
economia da Zona Euro.
Jornal de Negócios
***
As bolsas de valores são como as putas (com todo o respeito pelas putas). Não se pode confiar nelas. Ontem, entraram em euforia, acumulando subidas, reagindo ao anúncio da criação do fundo de emergência UE/FMI, destinado a defender a estabilidade do euro, e, hoje, regressaram às perdas, depois de verificarem que todo aquele dinheiro funciona apenas como garantia dos empréstimos a contrair pelos países em dificuldade da zona euro e cujas regras se desconhecem.
O que se sabe de fonte segura, é que os países ricos não estão dispostos a financiar os défices e as dívidas dos países do euro em dificuldades, o que os leva a pressionar (ameaçar de expulsão) estes países para acelerarem a aplicação das medidas de correcção, pouco se preocupando com as consequências devastadoras resultantes nas respectivas economias, que irão ficar de rastos, totalmente anémicas e sem forças para recuperar o que quer que seja. Que o diga o primeiro-ministro, que entrou para a reunião dos líderes da Eurolândia a pensar no défice orçamental, em 2010, de 8,3% do PIB e saiu de lá com as orelhas a arder, pois exigiram-lhe que aquele valor baixasse para 7,3%. Igual a si próprio, José Sócrates anunciou o novo objectivo como uma vitória pessoal, fruto da sua determinação e coragem.

domingo, 14 de março de 2010

Citações: Paul Krugman


"Em termos mais gerais, confiar na magia do mercado como forma de garantir a segurança dos bancos tem sido sempre uma receita para a desgraça.
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"Por que razão são os empréstimos que envolvem maior risco propostos aos públicos menos sofisticados? A pergunta já encerra a resposta: os consumidores menos sofisticados são provavelmente levados ao engano de subscrever tais produtos."
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Paul Krugman

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Milhões de pobres e desempregados - Crise continua para os trabalhadores norte-americanos



Enquanto os grandes grupos financeiros anunciam a distribuição milhares de milhões de dólares em bónus aos accionistas e quadros executivos, milhões de trabalhadores norte-americanos são despedidos, engrossando o crescente número de pobres no país.
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No final do mês de Dezembro, outros 85 mil postos de trabalho foram destruídos no sector privado, empurrando a taxa de desemprego admitida pelo Departamento do Trabalho dos EUA para valores superiores a 10 por cento. Apesar deste ser já um dos valores mais elevados das últimos décadas, o registo oficial oculta parte da realidade. Se fossem contabilizados os trabalhadores não inscritos nos departamentos públicos de emprego por terem desistido de procurar trabalho face à evidente escassez de ofertas, e os trabalhadores que cumprem apenas meia jornada ou laboram noutro qualquer regime de tempo parcial, então a taxa de desemprego ascenderia a 17,3 por cento da população activa. O valor condiz com as informações que afirmam que, só no ano passado, mais de 4,2 milhões empregos foram destruídos em resultado da crise capitalista. Este número sobe para mais de oito milhões se tivermos em conta a demolição de forças produtivas nos EUA desde 2007.
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Senhas contra a fome

Neste contexto, não é de estranhar que mais de seis milhões de norte-americanos não tenham outra forma de rendimento senão as senhas de alimentação fornecidas pelo Estado. Cálculos do The New York Times, baseados em dados oficiais, afirmam que um em cada 50 cidadãos norte-americanos não têm mais que 100 a 200 dólares mensais em senhas de alimentação, entre os quais se encontram muitos dos que nos últimos anos perderam o respectivo posto de trabalho ou viram os seus rendimentos caírem drásticamente. O total de norte-americanos sem qualquer fonte de rendimento cresceu, nos últimos anos, em média, 50 por cento, indica o periódico. No estado do Nevada, a cifra triplicou, enquanto que na Florida e em Nova Iorque duplicou e no Minesota e Utah cresceu cerca de 90 por cento.Tal deve-se não apenas à indiferença da administração Obama para com as consequências da crise entre os trabalhadores e a população laboriosa, mas também devido a uma reforma que, em 1996, sob a presidência de Bill Clinton, Democratas e Repúblicanos aprovaram impondo cortes e limites severos nas prestações sociais e extinguindo a universalidade da assistência social, em vigor desde a década de 30. O argumento foi a «necessidade» de pôr fim ao circulo vicioso da «dependência dos subsídios estatais». No total, 36 milhões de pessoas - um em cada oito adultos e uma em cada quatro crianças – estão ao abrigo do programa de senhas de alimentação. Em 800 condados norte-americanos, pelo menos um terço das crianças são alimentadas com bilhetes de racionamento. No final do ano passado, um estudo da Universidade Washington de St. Louis revelou que metade das crianças norte-americanas e 90 por cento das crianças afro-americanas recebiam, em algum momento da sua vida, títulos para a aquisição de géneros alimentares antes de cumprirem 20 anos. Dados oficiais indicam ainda que o número dos que requerem esta ajuda cresce actualmente ao ritmo de 20 mil pessoas por dia, mas as mesmas entidades estimam que apenas dois terços dos que deveriam receber auxílio acabam por aceder-lhe. Acresce que milhares de famílias sobrevivem em tendas de campanha, cenário que contrasta com a abundância obscena de fundos públicos canalizados pelo governo liderado por Barack Obama para engordar os lucros que o grande capital está a amealhar com a crise e as guerras imperialistas além fronteiras.
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Falências em catadupa

Para ilustrar a emergência social que enfrentam milhões de norte-americanos concorrem, também, as estatísticas que traduzem em 32 por cento o aumento do número de famílias e empresas que declararam falência durante o ano passado. No total foram mais de 1,4 milhões de pedidos entregues junto dos organismos públicos, entre os quais mais de 140 instituições de crédito. No Arizona, o aumento das bancarrotas foi de 77 por cento, enquanto que nos estados da Califórnia, Wyoming e Nevada foi de 50 por cento. O ano que agora entra não parece promissor. Logo nos primeiros dias de 2010 o El Horizon Bank, do estado de Washington, anunciou a bancarrota devido à incapacidade de suportar os prejuízos, muitos dos quais acumulados devido à enorme quantidade de famílias que deixou de poder pagar os respectivos créditos imobiliários. Quem parece poder ficar a ganhar é uma das instituições bancárias locais concorrentes que, na lógica do sistema, se prepara para absorver os activos da empresa mais débil.
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Obama próximo de Reagan

Se a taxa de aprovação de Barack Obama rondava os 68 por cento nos primeiros dias da entrada em funções da nova administração Democrata, quase a cumprir um ano de mandato o presidente dos EUA recolhe agora a aprovação de apenas metade dos inquiridos pela Gallup. A mesma sondagem, realizada entre 2 e 4 de Janeiro, revela igualmente que 44 por cento dos norte-americanos desaprova o desempenho político do ex-senador do Illinois. De acordo com a Gallup, somente o presidente Ronald Reagen iniciou o segundo ano de mandato com uma taxa de aprovação mais baixa, 49 por cento, embora o total dos que desaprovavam a sua gestão fosse menor, apenas 40 por cento contra os 44 por cento que já desaprovam a gestão Obama

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Notas do meu rodapé: A lenta agonia do dólar!...


"Se os EUA continuarem com défices
enormes, mais cedo ou mais tarde o
país vai começar a cortejar a bancarrota.
Estranhamente, pode ser melhor que a
crise chegue cedo do que tarde."
Gideon Rachman, "Financial Times", 12-1-2010

Se não fosse a protecção que o ordenamento do sistema financeiro internacional, saído dos acordos de Bretton Woods, proporciona ao dólar, assim como o fim da paridade daquela moeda com o ouro, os Estados Unidos já há muito tempo teriam entrado na bancarrota. Nenhum outro país poderia subsistir com défices do tamanho daqueles que a economia americana apresenta.
E será por isso, numa antevisão da iminência de uma catástrofe, que um conjunto de países, onde se incluem a França, China, India, Arábia Saudita e Brasil, precisamentem aqueles que apresentam um maior valor nas trocas comerciais com os Estados Unidos, que, secretamente, já estão a negociar a criação de uma nova moeda internacional, que substitua um dólar cada vez mais desacreditado.