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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Notas do meu rodapé: Foi sol de pouca dura!...


Wall Street fecha mista dominada por incertezas sobre plano europeu
A bolsa de Nova Iorque terminou a sessão de hoje em terreno
"misto", sem direcção definida, com o índice Dow Jones (DJI)
a perder 0,34 por cento enquanto o Nasdaq (mais ligado às
tecnológicas) registou ganhos de 0,03 por cento.
A sessão ficou marcada pelas dúvidas dos investidores quanto
ao plano de urgência na zona euro, após a euforia da véspera,
em que Wall Street registou a mais forte valorização diária
desde Março de 2009, com o DJI a ganhar 3,9 por cento.
Alguns investidores interrogavam-se sobre a pertinência de
"resolver um problema de dívida soberana criando ainda mais
dívida", outros ainda devido à falta de detalhes, indicou
Patrick O’Hare, do site de análise Briefing.com.
PÚBLICO
PSI-20 regressa ao vermelho com 19 títulos em queda
A bolsa nacional encerrou em baixa, a corrigir dos fortes ganhos
de ontem, devido aos receios de que o fundo de emergência
UE/FMI no valor de 750 mil milhões de euros possa não ser
suficiente para solucionar a crise da dívida soberana nalgumas
economia da Zona Euro.
Jornal de Negócios
***
As bolsas de valores são como as putas (com todo o respeito pelas putas). Não se pode confiar nelas. Ontem, entraram em euforia, acumulando subidas, reagindo ao anúncio da criação do fundo de emergência UE/FMI, destinado a defender a estabilidade do euro, e, hoje, regressaram às perdas, depois de verificarem que todo aquele dinheiro funciona apenas como garantia dos empréstimos a contrair pelos países em dificuldade da zona euro e cujas regras se desconhecem.
O que se sabe de fonte segura, é que os países ricos não estão dispostos a financiar os défices e as dívidas dos países do euro em dificuldades, o que os leva a pressionar (ameaçar de expulsão) estes países para acelerarem a aplicação das medidas de correcção, pouco se preocupando com as consequências devastadoras resultantes nas respectivas economias, que irão ficar de rastos, totalmente anémicas e sem forças para recuperar o que quer que seja. Que o diga o primeiro-ministro, que entrou para a reunião dos líderes da Eurolândia a pensar no défice orçamental, em 2010, de 8,3% do PIB e saiu de lá com as orelhas a arder, pois exigiram-lhe que aquele valor baixasse para 7,3%. Igual a si próprio, José Sócrates anunciou o novo objectivo como uma vitória pessoal, fruto da sua determinação e coragem.

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