O secretário-geral da CGTP-IN anunciou hoje
a realização de uma grande manifestação
nacional no dia 29 de Maio em Lisboa, na sua
intervenção no final das comemorações do 1º de
Maio.
No longo discurso que fez, Carvalho da Silva também
fez duras criticas ao PEC, dizendo que ele representa
apenas "uma política cega de consolidação
orçamental" que impõe mais sacrifícios aos
trabalhadores mas "não garante que daqui a 4 ou 5
anos a divida seja ainda maior". "O défice é resultado
dos milhares de milhões de euros que foram rapinados
do Orçamento do Estado para tapar buracos do
sector financeiro, que aconteceram por má gestão",
acusou.
PÚBLICO
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Esta grande jornada do 1º de Maio foi um excelente teste para as lutas dos trabalhadores que se avizinham, em resposta à ameaça que se perfila no horizonte, perante a conjugação de interesses do governo do Partido Socialista, dos partidos de direita, do grande patronato e do capital financeiro. O discurso de Carvalho da Silva foi vibrante, contundente e objectivo. Identificou com clareza os verdadeiros inimigos dos trabalhadores e as suas maquinações perversas para os fazer pagar a crise que eles próprios provocaram e da qual, agora, querem tirar benefícios.
Não foi por acaso que o governo anunciou as medidas restritivas contra os desempregados, dois dias antes do Dia o Trabalhador. O seu objectivo consistiu em avaliar a força da manifestação perante uma medida impopular que vai atingir em cheio aqueles trabalhadores que, por se encontrarem no desemprego e, para a sua grande maioria, sem qualquer perspectiva de encontrar trabalho, constituem o sector mais vulnerável e mais fragilizado da sociedade portuguesa.
A resposta foi conclusiva. Além da grande adesão verificada, a CGTP ganhou mais força para fazer tremer o poder político e o poder económico nas próximas jornadas de luta.
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