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domingo, 24 de março de 2019

A "decapitação" de Theresa May




A "decapitação" de Theresa May

Se Theresa May - uma política que me convenceu, embora eu me encontre nos antípodas da sua linha ideológica - for "decapitada" pelos deputados do seu próprio partido, o Reino Unido, com o tempo, passará a ser uma colónia da Alemanha, como já o são Portugal e a Grécia. Não colónias do tipo clássico, como o foram as colónias africanas do passado, mas colónias em que a dominação é ocultada pela acção política e financeira da UE, e que o cidadão comum não percebe. Deste modo, com a UE e também com a instituição do Euro (à qual o Reino Unido ainda não aderiu), a Alemanha, paulatinamente, está a marcar pontos, para obter o ambicionado estatuto de grande potência mundial. Está a conseguir aquilo que não conseguiu com as duas guerras mundiais, que desencadeou no século XX, e que, como consequência, ditaram o declínio da Europa.

Theresa May, apesar de não ser favorável ao Brexit, assumiu, como ponto de honra, obedecer ao resultado do referendo, que lhe foi adverso, e tudo fez para que o Reino Unido saísse do campo armadilhado da UE. Esta coerência e esta honestidade, que é rara no mundo da política, têm de lhe ser reconhecidas.

Alexandre de Castro
2019 03 24

quarta-feira, 28 de março de 2018

Cuidado com as cabalas do imperialismo…

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Cuidado com as cabalas do imperialismo…


Andou bem o governo português em não alinhar com a histeria colectiva da expulsão de embaixadores russos nos países ocidentais, com base no argumento da tentativa de assassinato, por envenenamento, de um ex-espião russo, no Reino Unido, tentativa essa rapidamente atribuída, com uma grande ligeireza, à maldade de Putin, mas sem que fosse apresentada uma qualquer prova material e objectiva. Quem me diz a mim, que o antigo espião não foi vítima de uma operação levada a cabo pelos serviços secretos britânicos, num esquema combinado pelo governo britânico e pelo governo dos EUA, para assim, através deste incidente mediático, explorado até ao limite da infâmia, dar o pontapé de saída a uma nova guerra fria, que, nos tempos actuais, poderá transformar-se numa guerra quente?
Não tenho nenhuma prova para fazer esta presunção de culpa, é certo. Mas também a primeira-ministra britânica não possui nenhuma prova (pelo menos não a publicitou) de que aquela tentativa de assassinato tenha o dedo de Putin.
Por outro lado, uma campanha destas, mediaticamente bem programada e também bem executada e ampliada pela comunicação social do sistema, serve perfeitamente para desviar as atenções da opinião pública, em relação aos crimes de guerra que os EUA, através da CIA, e a França e o Reino Unido, através de destacamentos militares especializados, andam impunemente a cometer no território da Síria, repetindo o modelo que os EUA e a França aplicaram na Líbia, com os resultados que se conhecem: metade do mundo árabe, em vinte anos, foi devastado por guerras sanguinárias, levadas a cabo pelos EUA, como foi o caso da invasão do Iraque, ou com o seu apoio e patrocínio, como foi nos restantes casos. E disto ninguém fala, porque tudo foi feito em nome dos supremos valores da civilização ocidental.

Alexandre de Castro
2018 03 28
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MEU COMENTÁRIO NO FACEBOOK

Percorri alguns blogues progressistas da minha preferência e verifiquei uma grande sintonia de posições em relação a este caso do antigo espião russo.

No entanto, em alguns desses blogues também se refere a necessidade que a primeira-ministra-ministra, Theresa May, teria tido para construir uma narrativa empolgante, à maneira das tragédias gregas, para desviar a atenção da opinião pública britânica da discussão sobre o Brexit, que está a aquecer, como é natural.

Ao mesmo tempo, e isto já é da minha lavra, os países ocidentais aproveitaram a ocasião para mostrar ao mundo que estão unidos, o que é uma outra narrativa para tentar esconder as profundas divisões que estão a minar o bloco euro-americano.

A situação começa a ficar preocupante. A tentação do Trump de querer carregar o botão nuclear é enorme. Isto remete-me para os períodos antes das duas guerras mundiais, do século passado, em que os futuros beligerantes alternavam nas provocações, a fim de medir forças e intenções.

Os EUA chegaram a uma situação desesperada. Perderam a hegemonia militar, em relação à Rússia, e estão também a perder a posição dominante, a nível económico, em relação à China. Estes dois motivos ponderosos são suficientes para levar Trump a carregar no botão, antes que seja tarde, a fim de eliminar de vez os dois adversários. E é disto que eu tenho medo, pois as consequências para a Humanidade (aquela que viesse a sobreviver), seriam incalculáveis e nem sequer temos capacidade para as imaginarmos.

O Hitler não soube ponderar os riscos de uma guerra... E basta um doido, para fazer deflagrar a guerra, que todos nós tememos.

domingo, 17 de julho de 2016

A UE está por um fio...


“Espero que haja na senhora May um certo bom senso nas negociações com Bruxelas, porque é esse processo que vai determinar o futuro do Reino Unido no mundo. Mas não tenho grandes expectativas quanto às negociações e ao perfil para o cargo”, defende Bernardo Pires de Lima, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI).
“O referendo não é vinculativo. Legalmente não é vinculativo. Theresa May validou essa situação com a afirmação ‘Brexit é Brexit’, mas também é verdade que Westminster vai discutir a petição que pede um segundo referendo em Setembro”, prossegue [Bernardo Pires de Lima].
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A Grã-Bretanha não é a França, que se submeteu ao domínio da Alemanha. A hora triunfal da Grã-Bretanha chegará, quando a UE se desagregar. Até lá, é necessário desgastá-la, arrastando até ao limite as negociações da sua saída. Neste objectivo, a Grã-Bretanha ganhou ontem [16 Julho], inesperadamente, um aliado casual de peso, não declarado e não assumido: Ergodan, o presidente da Turquia, que tudo irá fazer para fazer a vida negra a Merkel. A Ergodan, bastará abrir a porta aos refugiados, para lançar o pânico e a confusão numa Europa já moribunda.
E os europeístas fanáticos já inventam os argumentos mais absurdos, para esconderem esta realidade.
AC
17 JUL 2016

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Grã-Bretanha salta fora da União Europeia


Grã-Bretanha salta fora da União Europeia

Nem calculam como é agradável deitar-me e levar para o meu sono uma notícia desagradável, e sobre a qual escrevi umas linhas, e ler, depois de acordar, uma outra notícia, agora agradável, que desmente a primeira. 
O Brexit ganhou, embora por uma unha negra. Mesmo que tivesse perdido, mesmo por uma pequena margem, a humilhação da UE, tal como então afirmei, seria enorme. E, com a vitória do Brexit, a UE sai desta refrega humilhada e vencida. Foi uma derrota em toda a linha, que poderá vir a determinar o seu fim, se, entretanto. não houver a clarividência dos dirigentes dos países europeus para alterarem o seu paradigma último, que era o de construir uma federação europeia. 
Eu já afirmei várias vezes que é impossível federar a Europa, quer por motivos históricos, quer por motivos linguísticos. Ao longo da sua História, dominaram sempre as forças centrífugas, baseadas nas diversidades nacionais. Como já afirmei também, nem Carlos Magno, nem Napoleão nem Hitler conseguiram unir a Europa. O sentimento de pertença à Europa não se sobrepõe ao sentimento de pertença a cada nação.
A derrota da UE não começou nem acabou com este referendo na Grã-Bretanha. Ela começou com a crise grega e portuguesa, crise que mostrou aos europeus até onde pode ir a perfídia das instâncias europeias, telecomandadas pela Alemanha. 
No entanto, não sei, tal como ninguém ainda sabe, como é que a sua derrota total vai acabar.
AC

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Uma União Europeia "à la carte"...


Ao ter conseguido um estatuto especial para o Reino Unido, por parte do Conselho Europeu, Cameron, o primeiro ministro britânico (ver aqui), infligiu uma humilhante derrota à União Europeia, ao fazer vingar as suas leoninas condições, que assumiram, arrogantemente, um tom de um verdadeiro ultimato. Com o enganador intuito de querer salvar a União Europeia, os seus responsáveis políticos mais não fizeram do que começar a abrir a cova onde a irão enterrar. Esta fuga para a frente vai dar muita força às forças fascizantes do leste europeu e à Frente Nacional de Marine Le Pen.
E Portugal? Portugal continua a viver na paz podre dos cemitérios, com o inferno à vista, sem voz audível e sem iniciativas próprias, em defesa dos interesses do país. Teria sido uma boa altura para António Costa confrontar os seus pares em relação à desigualdade de tratamento a que sujeitam Portugal e a Grécia,  impondo aos seus governos as mais duras medidas da ortodoxia financeira e não cedendo quanto à necessidade de reestruturar as respectivas dívidas públicas.
Mas, para Cameron a vida também não vai ser fácil. Os eurocépticos do seu partido, que são muitos, já começaram a arreganhar a dentuça, afirmando que se tratou de uma vitória de Pirro. Querem mais, embora todos nós saibamos que o que eles querem é ver a Europa unida pelas costas. E muitos analistas britânicos vão dizendo que, com este acordo, o referendo de Junho vai ditar a saída do Reino Unido da UE.
Para os fanáticos dirigentes europeus, defensores acérrimos de uma Europa cada vez mais integrada (leia-se federada), as coisas também vão complicar-se. A partir de agora, qualquer Estado europeu (excepto Portugal, que teima pacoviamente em ser um bom aluno) achar-se-à no direito de também reivindicar para si privilégios especiais ou, até, um estatuto especial, que o liberte de certas obrigações e deveres.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Apenas um terço dos britânicos quer continuar na União Europeia


Uma sondagem publicada nesta segunda-feira pelo Financial Times indica que apenas um em cada três britânicos votaria “sim” no referendo prometido por David Cameron sobre se o Reino Unido quer continuar como membro da União Europeia (UE). A sondagem, desenvolvida pela Harris Interactive a pedido do jornal britânico, mostra que 50% dos 2114 inquiridos votariam “não” à continuidade no espaço europeu e que apenas 33% se mostra favorável ao espaço comunitário. Os restantes 17% afirma que não votaria no referendo.
PÚBLICO
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A História fala mais alto. Os britânicos perceberam que é impossível construir uma qualquer unidade política num continente constituído por uma amálgama de nacionalidades, que, nem sequer, ao longo dos séculos,  conseguiu construir uma língua comum. O nacionalismo faz parte da matriz fundadora dos estados europeus, que se afirma sempre, quando esses estados estão em perigo ou perdem a sua independência política. Carlos Magno, Napoleão e Hitler falharam na sua ambição de, pela força, unir politicamente a Europa.
Se é verdade que o projeto da unidade europeia nasceu do impulso para pretender anular as ambições hegemónicas das três principais potências europeias, tentado evitar mais guerras, também é certo que, na mente dos seus fundadores, havia a ideia oculta de construir uma barreira segura ao avanço do comunismo, que no pós-guerra seduzia grande parte do operariado industrial da Europa Ocidental e o universo da intelectualidade. E esta realidade assustava os agentes do capital, que quase fizeram do anti comunismo a doutrina oficial do projeto. Hoje, afastado o perigo comunista, a doutrina oficial passou a ser o neoliberalismo.
Se o espaço europeu, inicialmente, ao anular as barreiras alfandegárias entre os estados, permitiu alavancar o crescimento económico e favoreceu o desenvolvimento mitigado dos países mais pobres, a realidade depressa veio demonstrar que o tal mercado único passou a ser um mercado autofágico, que se devorava a si próprio, e sem a capacidade para  assegurar a ambicionada liderança mundial. A Europa já não consegue crescer economicamente. Este é que é o verdadeiro problema. A Alemanha só já canaliza trinta por cento das suas exportações para o espaço extra-europeu. A China, que importava da Alemanha a maquinaria industrial para as suas fábricas, não só caminha, neste domínio, para a sua auto suficiência, como também já se constituiu num concorrente de respeito da Alemanha no espaço europeu e mundial.
Havia a esperança de que a unificação do mercado económico e financeiro poderia conduzir à unidade política. Pura ilusão! A unidade económica e monetária apenas está a servir os interesses do grande capital, que se aglomera e se concerta nos principais centros financeiros, beneficiando assim os países mais ricos, que, entretanto, também se esgadanham silenciosamente entre si, para tentarem alcançar a posição dominante. A Alemanha, a França e Grã-Bretanha olham-se entre si com diplomática desconfiança. Ao longo dos últimos anos, a Grã-Bretanha percebeu que não poderia competir com o famoso eixo franco-alemão, o que a obriga a atrelar-se ao seu velho aliado de sempre, os Estados Unidos. A sua saída da UE tem lógica.
Com o alastramento da atual crise, que se explica também pela anemia da economia, e que afetará, mais tarde ou mais cedo, todas as economias da Europa, os antigos e atuais nacionalismos vão ressuscitar, em reação à tentativa dos países mais ricos quererem dominar os países pobres, através da deriva federativa, que começa a ser desenhada nos gabinetes de Bruxelas, sem qualquer controlo democrático.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Notas do meu rodapé: Serviço Nacional de Saúde britânico ameaçado depois de meio século de existência


O ex-ministro Tony Benn, da ala esquerda do Partido Trabalhista, faz, neste depoimento, uma defesa acalorada e veemente do Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha, descrevendo o contexto do pós guerra, em que ele foi instituído, e a sua ligação à força da democracia socializante, aquela democracia que, segundo ele afirma, deposita no cidadão livre a irrenunciável capacidade de escolha.
Perante a impossibilidade, mesmo nos países mais ricos, da maioria dos cidadãos poder suportar, individualmente, os enormes, e sempre crescentes, custos da saúde, compete ao Estado providenciar o acesso de toda a população aos cuidados médicos e aos de enfermagem. A Saúde deixa de ser uma mercadoria, sujeita às leis do mercado, às oscilações da oferta e da procura e às práticas fraudulentas ao nível dos diagnósticos e das terapêuticas (práticas frequentes nos hospitais privados, a fim de aumentarem receitas) para passar a ter o estatuto de um direito e constituir-se num pilar importante de uma sociedade que privilegia a coesão social e o bem comum. 
Atualmente, e tal como em Portugal, o Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha encontra-se no centro de uma ofensiva liberalizante do governo conservador, o que está a provocar um grande descontentamento da população, principalmente a da classe média baixa. Os argumentos e os objetivos são sempre os mesmos: maior eficiência operacional e financeira dos privados (ainda não demonstrada em nenhuma parte do mundo), liberdade de escolha por parte do utente (uma falácia, apoiada no efeito sedutor da respetiva palavra), alívio orçamental, o que permitiria baixar impostos (outra falácia, já que, provavelmente, os impostos a reduzir seriam os do capital).
No atual contexto internacional, caracterizado por uma profunda crise económica, financeira, principalmente nos países ocidentais, começam a desenhar-se cenários preocupantes  de aviltramento do Estado Social, tentando denegri-lo aos olhos da opinião pública, para melhor poder esvaziar e destruir os seus pilares, onde a saúde tem um importante lugar. Compete aos povos defender os seus direitos sociais, que fazem parte da sua matriz civilizacional.

domingo, 22 de maio de 2011

Curiosidades: E a raínha a vê-los passar e ela a ficar...












São os presidentes da minha contemporaneidade, embora não me recorde de Truman. Lembro-me também de que o primeiro filme a cores que vi, foi o documentário da coroação de Isabel II.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sistema socializado de saúde

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O Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha, no qual, em parte, o seu congénere em Portugal se inspirou, continua a resistir às constantes investidas que os sucessivos governos tentaram fazer-lhe (tal como acontece em Portugal, onde, com o pretexto da crise e com a necessidade de baixar o défice orçamental, se procura o seu desmantelamento faseado e progressivo). A falta de médicos de família, o caos instalado nos serviços de urgência e as listas de espera para consultas externas e cirurgias são as deficiências mais visíveis para os utentes. No entanto, começam a aparecer outras graves fracturas no seu funcionamento, que não têm a mesma visibilidade pública, e que envolvem a esfera da sua gestão.
A existência de um serviço público de prestação de cuidados de saúde, universal, equitativo e(tendencialmente) gratuito, é um sinal de modernidade das sociedades. Defender a sua existência e o seu eficaz funcionamento é um dever de cidadania. Amputá-lo e tentar a sua subalternização é trair os fundamentos do Estado Social e prefigura a subordinação dos governos, que assim procedem, aos interesse privados desta área, onde a saúde é tratada como uma mera mercadoria e o doente é considerado um cliente.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Um ano e meio de prisão para ex-deputado britânico

Um antigo deputado britânico foi condenado a 18 meses de prisão por ter apresentado despesas falsas no valor de 22 mil libras (26 mil euros). David Chaytor é, assim, o primeiro dos envolvidos no escândalo que em 2009 abalou a política britânica a ser punido pela justiça.
O tribunal deu como provado que apresentou ao Parlamento recibos falsos, a fim de ser reembolsado pela renda de duas casas que, na realidade lhe pertenciam, e por trabalhos de consultadoria informática que lhe foram oferecidos.
PÚBLICO
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Cada vez me convenço mais da honestidade dos políticos portugueses.

sábado, 4 de setembro de 2010

Ovos e sapatos atirados contra Tony Blair em Dublin

Os manifestantes, que protestavam contra o papel de Blair na guerra no Iraque, ainda se envolveram em confrontos com a polícia e tentaram passar uma barreira de segurança. Só em Portugal é que não há sapatos e ovos! Faltam os sapateiros de fio e sovela e as galinhas poedeiras.

sábado, 30 de janeiro de 2010

QUE RAIO DE FIXAÇÃO!... por Diamantino Silva

O defeito deve ser meu, quase de certeza, com esta minha mórbida fixação, que há uns tempos me anda para aqui a atormentar.
Há muito tempo que venho para aqui matutando numa hipotética linha que vem unindo criaturas como Bill Clinton, Tony Blair e Lionel Jospin, a que depois se juntou o nosso mais comezinho Toni (de Matos) Guterres, um quarteto de sócios fundadores de uma coisa que nunca se chegou a saber verdadeiramente o que era, mas que registaram com o nome de 3ª Via, à saída dos escombros da Grande Implosão. Uma linha que manteve o Velho Continente, a tal "Velha Europa" ligado ao Novo Mundo, a tal América (do Norte, não haja confusão), isto apesar da saída do Clinton e da emergência de J.W.Bush, tudo dentro do princípio de que já não haveria nenhuma razão para distinções de esquerda e direita, de progressistas e conservadores. Cá por casa, o Barroso foi um acidente só para servir os cafés aos dois líderes que resolveram tomar em mãos as rédeas do mundo.
Do lado de cá, ao "veterano" destas coisas que era o Tony Blair, vieram depois a associar-se, não como sócios, mais como simpatizantes, os companheiros Zapatero e o nosso Sócrates, todos eles modelos de uma nova vaga de dirigentes, rapazes bem apessoados, escrupulosamente cuidados e maquiados e... determinados e, como o figurino estava a dar, foi sem surpresas que aqui se vieram juntar outras mais sinistras criaturas de que os melhores exemplos ainda serão Sarkozy e Berlusconi.
E agora digam-me se não estou mesmo a ficar maluco quando hoje, (30Jan), ao ler a peça do jornal "Público" (pag.13) com o título "Foi uma enorme oportunidade perdida" a propósito das audições do Tony Blair sobre a Guerra do Iraque, logo anotei ao lado, como legenda: "Sócrates a papel químico". Só com uma pequena diferença de pormenor: onde está a Margarida, que se ponha Cavaco Silva.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Tizipi Livne safou-se por uma unha negra!...



Um juiz britânico emitiu um mandado
de captura contra a ex-ministra israelita
dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni,
por crimes relacionados com a ofensiva
em Gaza de há cerca de um ano, numa
acção inédita na justiça do Reino Unido.
Público
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A maior parte dos dirigentes de Israel tem as mãos sujas de sangue. As sucessivas guerras contra o povo da Palestina, matando mulheres e crianças, a prisão arbitária de milhares de palestinianos, sem culpa formada e sem um julgamento justo e independente, a implantação de um apartheid a céu aberto, através da construção do Muro da Vergonha, construído em territórios ilegalmente ocupados, caracterizam a natureza criminosa e perversa do regime sionista de Israel, que apenas sobrevive com a conivência dos Estados Unidos e a cumplicidade disfarçada dos países europeus.
Enaltece-se a coragem deste juíz britânico, que apenas pecou por ter errado a pontaria, não se apercebendo a tempo que Tizipi Livne tinha cancelado a sua viagem à Grã-Bretanha. Fica o registo de ter pretendido aplicar a justiça, onde ela sempre faltou.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Blair tem medo de um julgamento público


Toda a gente ainda se lembra das armas de destruição maciça, escondidas no deserto por Saddam Hussein, e que estariam prontas de, a qualquer momento, poderem ser utilizadas contra os pacíficos cidadãos europeus e norte-americanos. Os políticos referenciavam a existência de relatórios das polícias secretas, a confirmar a sua existência. As televisões e os jornais amplificavam toda essa artilharia noticiosa, destinada a convencer a hesitante opinião pública de que era necessário abater o ditador e libertar os iraquianos. Ainda me lembro de Paulo Portas, então ministro da Defesa de Durão Barroso, a peremptoriamente afirmar, numa esforçada tentativa de contrariar a informação de que ninguém ainda encontrara tais armas, que uma bomba nuclear poderia ser facilmente escondida e manipulada numa simples pasta de executivo.
A necessária diabolização de Saddam Hussein contou com os depoimentos de pretensos especialistas em direitos humanos que, posteriormente, perante a denúncia de Abu Ghraib, Guantánamo e das prisões secretas da CIA, seria previsível que viessem, por vergonha, a suicidar-se.
Desde os tempos de Hitler, nunca a mentira para fins políticos tinha sido utilizada com tanto cinismo, com tanto requinte e com tanta eficácia. A cimeira da vergonha, nas Lages, entre Bush, Blair, Aznar e Durão Barroso, assinalou o regresso à barbárie, decidindo-se por uma guerra de agressão, que apenas tinha por objectivo defender a estratégia dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha em relação ao controlo do petróleo do Médio Oriente. Escavacaram o Iraque e proporcionaram as condições para que o terrorismo islâmico ali se instalasse e continuasse a matança. As empresas de Bush pai e do vice-presidente de Bush filho, Richard Cheney, encarregar-se-iam de assegurar a reconstrução com o dinheiro do petróleo iraquiano.
Agora, Blair treme como varas verdes e tem um medo patológico de ser julgado publicamente pelos seus concidadãos e pelo mundo inteiro. Tem medo que, por um qualquer revez da História, tenha de se sentar no Tribunal de Haia, destinado por enquanto aos dirigentes políticos hostis aos interesses dos Estados Unidos.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

É preciso ter lata!...British Airways pede trabalho grátis aos empregados


Começo a ter medo que um dia o governo venha pedir-me um mês da reforma.
Pelo rumo que as coisas estão a tomar, ainda irei a assistir à insólita situação dos patrões exigirem aos empregados que paguem para trabalhar!... Isso irá acontecer quando, em concorrida e ruidosa manifestação, eles começarem a gritar: "os pobres que paguem a crise".
http://clix.expresso.pt/british-airways-pede-trabalho-gratis-aos-empregados=f520967

sábado, 23 de maio de 2009

Moralização da vida política

Por uma questão de higiene pública, este exemplo de saneamento poderia ser, também, aplicado em Portugal, para acabar com a impunidade.

Deputado trabalhista poderá ser obrigado a abandonar cargo por ter apresentado despesas da casa da filha
23.05.2009, Isabel Gorjão Santos-PÚBLICO

O deputado britânico Ian Gibson poderá perder o direito de continuar a ser candidato pelo Partido Trabalhista após ser acusado de apresentar despesas relativas a um apartamento onde vivia a filha e o namorado. Gibson alegou que, durante algum tempo, ficou naquela casa três vezes por semana, mas depois vendeu o apartamento à filha por um montante muito abaixo do preço de mercado. O caso de Gibson, ontem divulgado pelo diário Daily Telegraph, segue-se a várias outras situações de deputados que abusaram das despesas com a segunda habitação pagas pelo erário público e que têm sido divulgadas desde 8 de Maio. Isto está a causar uma crise que afecta o Governo trabalhista de Gordon Brown e a oposição conservadora de David Cameron. Os trabalhistas estão com uma considerável desvantagem nas sondagens.Ao todo, Gibson apresentou nos últimos quatro anos 80 mil libras (cerca de 90.800 euros) em despesas relacionadas com a hipoteca e outras contas relativas a um apartamento em Londres. No entanto, adiantou o Telegraph, a filha do deputado, Helen Gibson, viveu naquele apartamento com o namorado vários anos, com a renda e as contas pagas pelos contribuintes, até comprar em Junho a casa por um preço muito abaixo do mercado. Segundo o próprio Gibson, o apartamento foi comprado por 195 mil libras e depois vendido à sua filha por 162 mil, numa altura em que o imóvel estaria avaliado num montante entre 250 mil e 300 mil libras.O caso de Gibson foi agora submetido a uma comissão do Comité Executivo Nacional do Partido Trabalhista. O deputado disse à BBC que o apartamento foi a sua casa durante muitos anos e que, quando a vendeu, porque queria mudar para uma casa arrendada junto a Westminster, "os preços estavam a baixar".O escândalo das despesas está também a afectar deputados conservadores, como Anthony Steen, que ontem foi repreendido pelo líder do partido por dizer que os que criticaram as suas despesas têm "inveja" da sua casa. Cameron disse ao deputado que poderá ser expulso se voltar a dizer algo semelhante. "É completamente inaceitável", disse à BBC. Steen pediu desculpa pelo comentário, que considerou "impróprio".A deputada conservadora Nadine Dorries defendeu que os políticos britânicos estão a ser vítimas de uma "caça às bruxas" e disse recear que algum deputado cometa o suicídio. Um porta-voz dos conservadores disse que essa opinião "não reflecte a visão do partido". Gibson alegou que morou naquela casa e que a vendeu mais barata "porque os preços estavam a baixar".