O defeito deve ser meu, quase de certeza, com esta minha mórbida fixação, que há uns tempos me anda para aqui a atormentar.
Há muito tempo que venho para aqui matutando numa hipotética linha que vem unindo criaturas como Bill Clinton, Tony Blair e Lionel Jospin, a que depois se juntou o nosso mais comezinho Toni (de Matos) Guterres, um quarteto de sócios fundadores de uma coisa que nunca se chegou a saber verdadeiramente o que era, mas que registaram com o nome de 3ª Via, à saída dos escombros da Grande Implosão. Uma linha que manteve o Velho Continente, a tal "Velha Europa" ligado ao Novo Mundo, a tal América (do Norte, não haja confusão), isto apesar da saída do Clinton e da emergência de J.W.Bush, tudo dentro do princípio de que já não haveria nenhuma razão para distinções de esquerda e direita, de progressistas e conservadores. Cá por casa, o Barroso foi um acidente só para servir os cafés aos dois líderes que resolveram tomar em mãos as rédeas do mundo.
Do lado de cá, ao "veterano" destas coisas que era o Tony Blair, vieram depois a associar-se, não como sócios, mais como simpatizantes, os companheiros Zapatero e o nosso Sócrates, todos eles modelos de uma nova vaga de dirigentes, rapazes bem apessoados, escrupulosamente cuidados e maquiados e... determinados e, como o figurino estava a dar, foi sem surpresas que aqui se vieram juntar outras mais sinistras criaturas de que os melhores exemplos ainda serão Sarkozy e Berlusconi.
E agora digam-me se não estou mesmo a ficar maluco quando hoje, (30Jan), ao ler a peça do jornal "Público" (pag.13) com o título "Foi uma enorme oportunidade perdida" a propósito das audições do Tony Blair sobre a Guerra do Iraque, logo anotei ao lado, como legenda: "Sócrates a papel químico". Só com uma pequena diferença de pormenor: onde está a Margarida, que se ponha Cavaco Silva.
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