Ministério tem 850 milhões de euros em
12 contas bancárias ilegais na Caixa
Geral de Depósitos. Há milhões de
euros por explicar nas contas. Ministro
nomeou novos gestores.
... O Instituto de Gestão Financeira e de
... O Instituto de Gestão Financeira e de
Infra-estruturas da Justiça (IGFIJ), que
gere os dinheiros daquele ministério,
passou nove cheques para pagamentos
de serviços que não chegaram aos
destinatários. Alguém os interceptou,
falsificou, aumentando-lhes o valor, e
levantou na Caixa Geral de Depósitos
(CGD), sendo a entidade pública burlada
no montante de 744 424, 84 euros.
Mas há mais. Quase 90% dos saldos
Mas há mais. Quase 90% dos saldos
bancários do IGFIJ, na ordem dos 850
milhões de euros, estão depositados em
12 contas ilegais abertas naquele banco
público. Nalgumas delas, o instituto
nem sequer sabe o montante que lá
se encontra, tendo realizado, inclusive,
pagamentos sem que agora exista
documentação de suporte e muitos
outros movimentos bancários para os
quais não há explicação. São milhões de
euros ao deus-dará que não se sabe donde
vêm nem para onde vão.
Diário de Notícias
.
A notícia é alarmante e vem ao encontro da percepção, cada vez mais consistente, de que o país está à deriva e sem controlo e de que o caos já instalado não é casual, antes resulta da acção criminosa de grupos de mafias, organizadas dentro do próprio aparelho de Estado, e a quem convém espalhar a confusão para melhor se locupletar com os dinheiros públicos. E a estupefação aumenta, quando é no próprio Ministério da Justiça que se verifica um total descalabro contabilístico, com a existência de contas ilegais, que ninguém supervisiona, e de onde entra e sai dinheiro sem qualquer registo oficial. E, como isto já não bastasse para nos atormentar, somos confrontados com a inércia ou a eventual cumplicidade do anterior titular daquele ministério, ao meter na gaveta o relatório que descrevia todas estas duvidosas irregularidades contabilísticas.
2 comentários:
:-( E esta? E quantos mais não haverão por aí? Somos um primor de "organização". A única coisa em que não falhamos é na herança do Estado policial anterior de controlar s obrigações do cidadão. Se falhamos pimba... caem-nos em cima, mas o Estado ele próprio é a miséria que se vê.
Caro Grazina:
E o curioso, é que perante o descalabro que se pressente, começo já a interrogar-me se, em democracia, conseguir-se-à corrigir a rota. Os principais partidos apenas estão a defender as suas quintas, encontrando-se petrificados e anquilosados.
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