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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Grandes empresas recusam assinar código de boa gestão


O Instituto Português de Corporate
Governance (IPCG) está em guerra.
Um grupo de grandes empresas
portuguesas, que integram o PSI 20,
o Banco Espírito Santo, o Banco
Comercial Português, a EDP, a
Portugal Telecom (PT), a Mota
Engil, a Brisa, a Zon e a Jerónimo
Martins, recusaram-se a assinar a
versão final do Código de Bom
Governo das Sociedades e
auto-excluíram-se do IPCG,
não comparecendo à reunião
magna que hoje se realizou para
aprovar o documento.
... A discórdia rebentou dois dias
antes da data prevista para a
realização da AG do IPCG agendada
para hoje de manhã, para votar a
versão final do Código de Bom
Governo das Sociedades, que entre
os seus objectivos visa criar condições
para que as empresas garantam
uma maior protecção aos accionistas
minoritários, assim como contribuir
para uma maior simplificação dos
modelos de governação das
sociedades. Esperava-se o novo
documento constituísse uma alternativa
às recomendações da CMVM.
O grupo dissidente alegou existirem
discordâncias quanto ao conceito,
metodologia e conteúdo do documento
final, que é complexo demais,
inexequível, pouco transparente,
tem custos elevados para as empresas,
não está concebido de molde a cumprir
os objectivos e não inclui muitos dos
contributos dados pelas instituições
que representava.
PÚBLICO
.
Em Portugal, quando se trata de aplicar as boas práticas de governação, todos se baldam. Aconselho vivamente ao Instituto Português de Corporate Governance que adapte aquele código e o envie a todos os membros do governo, que bem precisam, neste momento de grande aperto.

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