Páginas

segunda-feira, 10 de junho de 2013

PCP: portugueses não se identificam com discurso do PR


O deputado do PCP, António Filipe, afirmou hoje que a intervenção do Presidente da República, na sessão solene comemorativa do 10 de Junho, em Elvas, "não é um discurso com que o país se possa identificar".
"Aquilo que hoje preocupa os portugueses, que é a crise em que vivem, os problemas que os afetam, desemprego, recessão económica, não tiveram eco, de facto, neste discurso do 10 de Junho", disse.

***«»***
Foi um discurso despropositado e tematicamente desviante, o do Presidente da República, neste Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Um discurso escrito por quem sabe que as suas responsabilidades políticas na atual crise, as presentes e as passadas, estão a ser-lhe assacadas por um número cada vez maior de portugueses, que também deixaram de acreditar na instituição presidencial. Neste discurso, Cavaco Silva, mais uma vez a tropeçar dislexicamente na palavra cidadões, refugiou-se no tema da Agricultura, para poder rebater as afirmações dos que o acusam de ter sido ele, enquanto primeiro-ministro, a provocar o desmantelamento e a desestruturação do setor primário da economia portuguesa, em cega obediência aos interesses da então CEE, que estava mais interessada em fazer de Portugal um país importador de produtos agrícolas e agro-industriais, oriundos da Espanha e da França, do que em desenvolver a agricultura portuguesa. 
A Cavaco Silva falta o sentido de Estado para poder exercer esta alto cargo com a devida independência em relação aos partidos políticos e aos grupos dominantes. Como Presidente da República foi sempre um homem de partido, do seu, daquele partido que está a conduzir o país para o ciclo infernal da pobreza e para a consumação da tragédia. E sobre os perigos que ameaçam a sobrevivência de Portugal como Estado independente e soberano, nada disse.

2 comentários:

O Puma disse...

Na verdade subiu ao palco

para mais um número

Sérgio Ribeiro disse...

... para nem falar do que fez quando foi 1º ministro e nos chegaram fundos da UE, que ele obedientemente usou para abater barcos,pôr terras em pousio e outras malfeitorias!

Um abraço