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Quanto mais a arte cinematográfica utilizar a
sua linguagem específica (as imagens em movimento), prescindindo de outras
linguagens, mais expressiva e autêntica é a sua afirmação. Foi isso que fez do
cinema mudo uma arte universal, e transversal a todos os grupos sociais.
Lovefield é uma curta metragem que atinge em
pleno esse desiderato. A história é contada, de forma magistral, só com
imagens, utilizando-se apenas, como exceção, o som do crocitar agoirento de um
corvo e o som do ranger enervante de uma ferrugenta placa de sinalética
toponímica, a ser batida pelo vento. O final, para onde convergem todos os
planos narrativos, é verdadeiramente surpreendente.
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