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Os responsáveis da zona euro demoliram ontem as ofertas de negociação das novas medidas de austeridade feitas pelo governo à oposição, ao afirmarem que não há razões para alterar o programa que já foi apresentado por Portugal a Bruxelas.
"Aprovámos o programa de ajustamento tal como nos foi proposto pelo governo português [e] que foi avalizado tanto pela Comissão Europeia como pelo Banco Central Europeu", afirmou Jean-Claude Juncker, ministro das finanças do Luxemburgo e presidente do eurogrupo no final de uma reunião dos seus pares em Bruxelas.
PÚBLICO
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O enxovalho não podia ter sido maior. Foi a maior humilhação de Portugal na cena internacional, depois do ultimato inglês de 1890. Jean-Claude Junker, o presidente do eurogrupo, reduziu Portugal a um mero protectorado da União Europeia, ditando-lhe as suas ordens. E isto, porque o pior primeiro-ministro do actual regime democrático, depois de Santana Lopes, num acto de indesculpável irresponsabilidade, viciou vergonhosamente o processo da formulação da actualização anual do Pacto de Estabilidade e Crescimento, mentindo a toda a gente. As negociações, que ele, em desespero, veio propor à oposição, depois de já ter feito um compromisso formal em Bruxelas, não passavam, afinal, de uma farsa, digna de figurar num libreto de uma ópera-bufa.
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