O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, declarou-se hoje agradado com os "muitos milhares de pessoas" presentes na Avenida da Liberdade no protesto da CGTP-IN, sublinhando que "só se mexe quem confia no futuro" do país.
"O povo está descontente e indignado com as injustiças, pobreza e precariedade, mas a afirmar esperança e confiança no futuro", disse Carvalho da Silva à agência Lusa enquanto descia a Avenida da Liberdade na frente da manifestação.
A Avenida da Liberdade ficou repleta de manifestantes que aderiram ao protesto convocado pela CGTP-IN contra o desemprego, a precariedade e por aumentos salariais e das pensões.
PÚBLICO
"O povo está descontente e indignado com as injustiças, pobreza e precariedade, mas a afirmar esperança e confiança no futuro", disse Carvalho da Silva à agência Lusa enquanto descia a Avenida da Liberdade na frente da manifestação.
A Avenida da Liberdade ficou repleta de manifestantes que aderiram ao protesto convocado pela CGTP-IN contra o desemprego, a precariedade e por aumentos salariais e das pensões.
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O movimento popular começa a ganhar forma. Já não se trata de manifestações ritualizadas, marcadas pela fidelização partidária e ideológica, em que o manifestante, depois de desfilar ao ritmo das palavras ordem, enrolava a bandeira e ia para casa. Nesta fase, em que todas as ameaças sobre as famílias e sobre os trabalhadores pairam no horizonte, a voz da rua ganha uma força renovada para chegar aos ouvidos do poder e daqueles partidos que se inspiram nas telenovelas mexicanas para fazer da política um chiqueiro. A contínua desvalorização das sucessivas manifestações da CGTP, que os políticos do sistema e a maioria dos órgãos da comunicação promovem, por omissão, vai acabar nos próximos tempos com a agudização dos conflitos sociais. É certo que o sistema já está a preparar-se para mudar de cenário e de actores para a representação da mesma peça, procurando daí criar na opinião pública uma expectativa de mudança favorável, com efeitos desmobilizadores. Mas o que é certo, é que as medidas gravosas já tomadas por este governo do Partido Socialista já são suficientes para desencadear novos rastilhos de protesto e de contestação, que é necessário apoiar e enquadrar, para que a mudança de política se possa concretizar.
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