O líder parlamentar do PS, Francisco Assis, considerou que a estabilidade política em Portugal estava "posta em causa" devido à posição assumida pelo PSD face ao novo PEC. "O PS tem de avaliar com rigor e com objetividade esta nova situação política. O Governo, o grupo parlamentar e os órgãos do partido têm que, nos próximos dias, ponderar seriamente esta nova situação criada na vida política portuguesa", defendeu Assis.
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O foco da instabilidade encontra-se no governo e não nas oposições. Se houver uma crise política, a responsabilidade tem de ser imputada ao governo, pois que, ao esquecer-se da sua condição de governo minoritário, negociou com Angela Merkel e com a União Europeia mais um pacote de austeras medidas - desta vez atingindo em cheio os reformados, outro dos grupos sociais fragilizados, que não têm capacidade de protesto - sem ter obtido a garantia do apoio parlamentar, de que necessita. De joelhos, Jose Sócrates vai a despacho a Berlim e a Bruxelas, dando uma péssima imagem do país, e ignora sobranceiramente os órgãos de soberania nacionais, a Assembleia da República e o Presidente da República, que, previamente, deveriam ter sido informados das intenções do governo.
Com esta atitude, a médio prazo, o governo irá provocar dúvidas nos mercados, quanto à sua real capacidade de garantir os compromissos assumidos junto do clube do euro.
Francisco Assis, em vez de tentar endossar a outros as culpas próprias do governo, uma táctica recorrente de José Sócrates, deveria antes reflectir se o Partido Socialista tem ainda condições políticas para governar. Francisco Assis, se é um homem honesto, deveria interrogar-se se o governo, que recorre constantemente à torpe mentira e utiliza, com rara mestria, a técnica dos golpes baixos, ainda tem alguma credibilidade junto dos portugueses. Francisco Assis deve ter a consciência que o governo está conduzir o país para o abismo, e por mais PEC's que tente implementar, a situação de crise não irá inverter-se, pois o que é necessário é resolver o problema magno do funcionamento do próprio Estado, que este governo está a degradar a todos os níveis, e lançar um grande plano do desenvolvimento da economia, que promova o emprego e as exportações e o consumo. E é a ausência de uma política coerente que assusta os credores e afugenta os investidores.
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