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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Praxe solidária na Escola Superor Agrária de Bragança


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Aqui está uma forma inteligente e eficaz de integração dos alunos numa instituição académica, e que se apresenta com uma dimensão social de inegável valor. Ao mesmo tempo, esta louvável iniciativa dos estudantes transmontanos encerra, na sua mensagem, um provocador desafio à indigência daqueles que se revêem na brutalidade mais primitiva das praxes universitárias correntes, onde já nem sequer se respeita a dignidade humana. Ultrapassa o meu entendimento a insanidade que percorre anualmente as universidades portuguesas, no início de cada ano lectivo (e com a benevolente complacência das autoridades académicas), quando se assiste à ocorrência de espectáculos degradantes, dignos de figurarem em qualquer tratado sobre a estupidez humana. Não me parece saudável que as futuras elites intelectuais e profissionais deste impenitente país aprendam a amestrar pessoas, obrigando-as a mergulhar a cabeça na bosta dos bois ou a simularem em público gloriosos orgasmos. Eu, se mandasse, enjaulava esses meninos e meninas no Jardim Zoológico, ao lado dos macacos, o único sítio compatível com a sua irracionalidade animalesca, e promovia à categoria de tratadores de animais (com a respectiva remuneração da tabela salarial deste sector profissional) aqueles professores universitários, que parecem conviver bem com esta degradação, sem terem nenhum sobressalto, nem nenhum remorso, sobre os sinais de decadência, que estas práticas burlescas e desajustadas do contexto civilizacional representam. Parabéns aos alunos da Escola Superior Agrária de Bragança.

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