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Não vale a pena continuar a mentir", defendeu hoje Alexandre Soares dos Santos, presidente da companhia Jerónimo Martins. "Não vale a pena dizermos que não estamos em recessão, porque estamos"."O Banco de Portugal disse que estamos [em recessão técnica] e nós sentimo-lo", frisou o presidente da maior companhia de distribuição portuguesa, alertando: "as pessoas têm que saber porque fazem sacrifícios".
Jornal de Negócios
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A mentira é a marca de água de uma nota que já devia estar fora de circulação. Este governo fez da mentira o seu principal argumento político. Fez dela a principal arma de arremesso contra as oposições. Desde a ocultação dos resultados da execução orçamental do terceiro trimestre de 2009, mantida em segredo nos gabinetes ministeriais até ao dia das eleições legislativas, para que o Partido Socialista não fosse penalizado, até ao irrealismo das previsões macroeconómicas, que são sistematicamente desmentidas pela realidade, a mentira descarada tem sido esgrimida com esmerada perícia para esconder dos portugueses o fracasso de uma política que está a conduzir o país para um desastre de enormes proporções.
Que o país caminha para a recessão técnica e vai ter de atravessar uma depressão económica profunda não constitui novidade. As medidas draconianas impostas à classe média e aos trabalhadores no início de 2010 e que se agravaram em 2011 teriam que ter repercussões ao nível desemprego e ao nível da destruição de empresas vocacionadas para o consumo interno. Só não via isso, quem não queria ver.
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