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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Portugal estará a ser vendido a retalho?

Doha-Qatar
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A aposta assumida pela delegação governamental no primeiro dia foi captar o interesse das entidades do Qatar para o plano de privatizações previsto para este ano, nomeadamente EDP, REN e TAP.
PÚBLICO
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Se objectivo para atrair investimento, apenas se resume à tentatativa de vender aos árabes o património empresarial do Estado, não se pode dizer que seja um bom negócio, já que se trata de um investimento que não vem criar mais emprego e que apenas se destina a gerar receitas para alimentar o ciclo infernal da dívida pública. É tentar arranjar dinheiro para alimentar vícios.
O bom investimento estrangeiro é aquele que constrói infra-estruturas, cria emprego e promove as exportações. O que não é o caso, parece-me. Resta escrutinar a janela de oportunidade, potencialmente existente, de promover a instalação de grandes empresas de construção civil naquele país, mas, nesse sector, julgo que Portugal chegou atrasado, já que esse trabalho deveria ter sido desenvolvido há mais tempo por essas mesmas empresas.
Ainda falta muita informação para poder aferir-se das vantagens e dos potenciais benefícios para a economia portuguesa desta gigantesca ofensiva do governo nos países do Golfo.

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