Muitos doentes crónicos vão perder o direito ao transporte gratuito assegurado pelos bombeiros. O transporte passa a ser requisitado pelo médico e só podem ser transportados os doentes que não ultrapassem os 419 euros de rendimento por mês e os que estão em situação clínica incapacitante.
o novo bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva receia que muitos doentes sejam excluídos do transporte, como, por exemplo, as pessoas que tiveram um acidente vascular cerebral (AVC) e se encontram a fazer fisioterapia. Este é um dos maiores grupos de utilizadores do transporte.
José Manuel Silva considera que "estão a ser criadas cada vez mais dificuldades à ajuda do Estado e ao tratamento dos doentes carenciados.
o novo bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva receia que muitos doentes sejam excluídos do transporte, como, por exemplo, as pessoas que tiveram um acidente vascular cerebral (AVC) e se encontram a fazer fisioterapia. Este é um dos maiores grupos de utilizadores do transporte.
José Manuel Silva considera que "estão a ser criadas cada vez mais dificuldades à ajuda do Estado e ao tratamento dos doentes carenciados.
Correio da Manhã
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Sempre que se trata de encontrar artifícios para arrecadar poupanças ou para aumentar receitas, o governo começa a habituar-se a considerar ricos todos os cidadãos que aufiram um rendimento acima do salário mínimo nacional.
Esta medida, a suspender a gratuitidade do transporte de doentes, que evidencia bem a desumaninade e a insensibilidade deste governo, em relação, principalmente, aos idosos com doenças crónicas, seguiu a mesma perversa metodologia, já aplicada anteriormente em muitas outras situações. Utiliza a táctica dos leões ao atacar uma manada de búfulos, em que a presa é previamente escolhida, segundo um critério de facilidade. Também o governo, para não provocar um imediato alarme social, isola um grupo determinado de pessoas, com pouca expressão demográfica, e que, devido à sua fragilidade, não tenha capacidade organizativa para exercer o seu direito de protesto colectivo (o único que pode chegar à comunicação social), e aplica-lhe a rasante medida restritiva, sem se preocupar com os efeitos sociais desastrosos, que ela venha a provocar.
Neste caso, com uma cajadada, o governo matou dois coelhos: não gasta dinheiro com o transporte dos doentes e diminui os seus encargos nos tratamentos e nos exames complementares, que vão ficar por realizar, por manifesta incapacidade financeira de muitos daqueles doentes em custear os respectivos transportes.
É o que se chama, prosaicamente, o Estado Social!
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