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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

As malhas que o império tece ou o poder imenso da "corporatocracia"

Como os EUA interferem nos países - parte1 - Entrevista John Perkins
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Como os EUA interferem nos países - parte2 - Entrevista John Perkins

Apesar de já se saber que "isto" funciona assim, ouvir da boca de um norte-americano os pormenores é muito elucidativo. As duas partes da entrevista elucidam de forma muito objectiva e simples como é que funciona a geopolítica mundial actual, nomeadamente a política neoliberal das grandes corporações multinacionais, sobretudo, neste caso, através dos sucessivos governos norte-americanos...

Diamantino Silva

Nota: Estes dois vídeos merecem uma ampla divulgação, tal é a eficácia comunicacional da intervenção de Jonh Perkins, um homem que pertenceu ao sistema, e que consegue, agora, de uma forma simples, desmontar a complexa engenharia do imperialismo sem rosto, que domina e explora o mundo inteiro, através dos assassinos económicos, dos chacais e dos exércitos. Agradeço ao meu amigo, o escritor Diamantino Silva, o envio destes vídeos e do texto que os acompanhou.

4 comentários:

João Mota disse...

Julgo que deve ser mencionado que esse excerto faz parte do excelente documentário Zeitgeist: Addendum, que pode ser visto online (http://www.zeitgeistaddendum.com/). A sequela deste documentário estará disponível brevemente.

Tive oportunidade de ver uma palestra do John Perkins recentemente, mas fiquei desapontado com a falta de soluções que ele apresenta. Essencialmente, ele apela apenas para a união das pessoas contra os gigantes. Como exemplo, dá o caso da Nike e do seu patrocinando Tiger Woods. Em vez de se preocuparem com a vida pessoal deste jogador, e de admirarem a sua fortuna, adquirida em parte pela publicidade à Nike, as pessoas deveriam boicotar os produtos desta marca: as fortunas de Tiger Woods, e de outros jogadores por ela patrocinados, são obtidas à custa dos trabalhadores escravizados nas suas fábricas nos países asiáticos. Este tipo de acções do povo contra as grandes organizações, tendo os seus pontos positivos, não resolve o problema essencial, i.e., não ataca o esqueleto do sistema: o sistema monetário. Isto contrasta com a solução que é apresentada no resto do documentário de onde estes vídeos foram tirados. Relembro que o link para o documentário já tinha sido aparecido anteriormente neste blogue.

Graza disse...

Acabei de ler o enorme livro "CIA -Um legado de cinzas" onde tudo isto está escrito, e foi verificado porque faz parte dos arquivos americanos que já são públicos. Não era desconhecido para mim, embora ouvi-lo dito por um dos protagonistas torna tudo muito mais chocante. Penso que é obrigação de qualquer cidadão do mundo dar nota em link de coisas como esta. É o que vou fazer.

Abraço.

Alexandre de Castro disse...

Obrigado João:
A tua informação é muito útil e oportuna, assim como a tua observação sobre a incapacidade de John Perkins de apontar uma alternativa.Julgo que ele saberá qual é essa alternativa, mas, talvez para não se expor, prefiriu omiti-la. Ele ainda deve ter na cabeça as referências do tempo das caças às bruxas do senador McCarthy, o principal protagonista da onda de terror que varreu a América, de lés a lés, na sua cruzada anti-comunista, disfarçada pelo mais puro nacionalismo.À demência da perseguição implacável a todos aqueles americanos, que professassem ideias progressistas, sucedeu um período de iconoclasia em relação às doutrinas socialistas, e, particularmente, em relação ao marxismo.
Mas já é muito importante proceder-se à desmontagem das poderosas engrenagens do capitalismo e do imperialismo, desconhecidas pela maioria das pessoas, que não se apercebem de que o sistema democrático em que vivem é muito bem aproveitado pelo oculto poder económico e financeiro para melhor explorar o mundo do trabalho.
Tio Alexandre

Alexandre de Castro disse...

Obrigado, Grazina, pelo seu esclarecedor comentário e pelo seu contributo na divulgação deste importante testemunho.