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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Estado volta a "congelar" juros dos Certificados do Tesouro a subscrever em Junho


O Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP) anunciou hoje as taxas de juro de remuneração dos Certificados do Tesouro (CT), para as subscrições a fazer em Junho, continuam "congeladas". Esta decisão, de certa forma já esperada, mantém inalterados os juros do produto de poupança do Estado pelo terceiro mês consecutivo.
Assim, tal como já aconteceu em Abril e Maio, a taxa máximo, para aplicações a 10 anos, fica nos 7,10 por cento (ilíquidos). Para o prazo de cinco anos mantém-se em 6,80 por cento e entre o primeiro e quinto ano a remuneração é de 2,10 por cento.
Os CT foram criados para acompanhar a evolução dos juros no mercado secundário da dívida pública, que têm continuado a subir, mas o IGCP alegou, em finais de Março, o "congelamento" da taxa de remuneração, alegando que o mercado estava a funcionar de forma “disfuncional.
No mercado secundário, as taxas a 10 anos estão próximas dos 10 por cento e a cinco anos estão acima dos 11 por cento.
PÚBLICO
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O Estado não é uma pessoa de bem. Quando a situação não lhe é favorável, muda de regras a meio do jogo. Se as taxas de juro corressem em sentido inverso, ou seja, se descessem, rapidamente oa zelosos dirigentes do Instituto de Gestão do Crédito Público decretariam a correcção em baixa da retribuição daqueles instrumentos de poupança (crédito ao Estado), destinado a particulares.
Percebe-se, e o mesmo se passa com os populares certificados de aforro, que o Estado pretende defender os interesses dos bancos, estimulando a tranfarência para aquelas instituições financeiras das poupanças dos portugueses, que estavam à sua guarda. Mais um caso de nepotismo execrável deste governo, que não respeita a sua palavra, vertida na lei.
http://economia.publico.pt/Noticia/estado-volta-a-congelar-juros-dos-certificados-do-tesouro-a-subscrever-em-junho_1496314

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