General Nélson dos Santos sai do Comando-Geral da GNR
O comandante-geral da GNR, o general Nélson dos Santos, está de saída da GNR, avançou a Antena 1. O general passa à reserva a 11 de Janeiro mas a sua saída terá outros motivos além deste.
A saída de Nélson dos Santos não colheu totalmente de surpresa os oficiais superiores da GNR, os quais vinham alertando, há meses, para a situação de quase ruptura dos serviços, um problema que preocupava o comandante-geral. Esta situação deve-se aos cortes orçamentais, os quais se reflectem não só nos meios disponíveis, mas também na progressão nas carreiras.
Esta semana os soldados da GNR ficaram a saber que não há verba disponível para proceder às suas promoções, apesar de existirem alguns milhares de militares em condições legais de ascenderem a postos superiores. Apesar de não ter sido autorizada a promoção dos soldados, efectuaram-se promoções em relação a todas as restantes patentes.
PÚBLICO
É o que se chama nivelamento por baixo, uma nova especialidade política patenteada pelo governo de José Sócrates.
Além da flagrante injustiça cometida, registe-se a ruptura dos serviços desta força militarizada, o que inevitavelmente conduzirá à sua inoperacionalidade. Idêntica situação está a ocorrer silenciosamente em muitos departamentos do Estado, devido aos cortes cegos e irracionais ao nível do Orçamento de Estado, desenhado sob pressão da necessidade de reduzir o défice.
Devido a este orçamento, além da estagnação da economia e da fragilização do Estado Social, agiganta-se no horizonte o fantasma da paralisia do próprio aparelho de Estado. No entanto, o governo prepara-se para injectar mais 500 milhões de euros no BPN, sem que faça mea culpa pelo erro cometido em ter avançado para a sua nacionalização, servindo assim de guarda chuva aos seus accionistas institucionais e particulares, muitos deles envolvidos nas manobras financeiras ilegais, que levaram este banco à insolvência.
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