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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Diplomatas revelam que Sócrates permitiu aos EUA utilizar as Lajes para repatriar presos de Guantánamo


Diplomatas dos EUA em Portugal referem que o primeiro-ministro português José Sócrates permitiu aos Estados Unidos utilizar a base aérea das Lajes para repatriar presos de Guantánamo, revela o El País.
O diário espanhol cita os telegramas da embaixada dos EUA em Lisboa enviados ao Departamento de Estado, que constam da documentação da Wikileaks.Num telegrama de Setembro de 2007, a embaixada norte-americana congratula-se pelo primeiro-ministro “ter permitido aos Estados Unidos utilizar a Base das Lajes nos Açores para repatriar presos de Guantánamo”. Esta autorização foi avaliada pelos próprios diplomatas “como uma decisão difícil que nunca foi tornada pública”. Pelo que, de acordo com o jornal, o teor da comunicação é de agradecimento. Quatro meses depois, a 30 de Janeiro de 2008, Sócrates asseverou no Parlamento que o Governo “nunca” tinha recebido qualquer pedido dos EUA “para sobrevoo do nosso espaço aéreo ou para aterragem na Base das Lajes de aviões que se destinassem ao transporte ou à transferência de prisioneiros”. E acrescentou: “Nenhum membro do Governo faltou à verdade sobre este caso.”
PÚBLICO
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Sócrates já está a elaborar com o seus assesores de imagem e comunicação, pagos a peso de ouro pelo erário público, a sua estratégia de defesa, perante este infame ataque ao seu carácter, e que se vai apoiar nas seguintes linhas de força:

1º - O El Pais está a montar uma cabala contra o primeiro-ministro, por causa da questão de Olivença e por ele, nos seus dicursos, falar um português espanholado (vulgo portunhol).

2º- O primeiro-ministro não conhece o senhor Julian Assange, o fundador da WikiLeaks, nem nunca teve nenhuma reunião com qualquer representante daquele site.

3º- O seu tio nunca lhe telefonou a pedir que recebesse o senhor Julian Assange.

4º- Na Assembleia da República nunca mentiu em relação a esta questão. Apenas se limitou a não dizer a verdade, o que é muito diferente.

5º- Fundamentado no Código do Processo Penal (naquele célebre artigo que proíbe qualquer tipo de escutas aos três mais altos magistrados da Nação), o primeiro-ministro vai diligenciar junto do Ministério Público para que o presidente do Supremo Tribunal da Justiça mande destruir todos os documentos electrónicos do WikiLeaks, que refiram o seu nome.

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