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O ano de 2010 foi apenas o pré-aviso da catástrofe que irá ser o ano de 2011. Em Portugal, a fome vai entrar em muitos lares, o pobreza vai começar a penetrar em determinadas franjas da classe médica, o governo, paulatinamente e em segredo, através de intervenções cirurgicamente planeadas, ensaia o desmantelamento do Estado Social, esvaziando a funcionalidade das instituições que o asseguram, a marginalidade violenta irá atingir níveis assustadores e a economia entrará em recessão. Eis o resultado da aplicação cega da cartilha neoliberal, que promoveu o endeusamento do mercado e a subalternização do Estado. Eis o resultado da da irresponsabilidade, da incúria e da conivência de políticos, de banqueiros e de especuladores, cuja acção predadora vai deixar feridas profundas no tecido social. De tanto a darem por terminada ou com um fim à vista, os vendilhões do Templo, um dia, irão acertar, mas vão esquecer-se, no seu discurso triunfalista, de contabilizar as vítimas inocentes que ficaram pelo caminho.
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