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A propósito de uma grande manifestação, realizada em Washington, no sábado passado, em que milhares de manifestantes contestaram o projecto de da reforma da saúde, corajosamente proposto pelo presidente Barak Obama, o ex-presidente democrata, Jimmy Carter, considerou que "aquela vaga de contestação exprimia um sentimento racista". No entanto, na Casa Branca, esta teoria não teve acolhimento.
É muito difícil, neste momento, avaliar se o sentimento racista contra o presidente está a ganhar algum terreno. Os meios de comunicação social, atentos a todos os movimentos de opinião, não registaram nenhum sinal significativo nesse sentido. Apesar de a imagem do presidente ter descido nas sondagens, o magnético efeito Obama continua a galvanizar transversalmente a sociedade americana, o que desencorajará as bolsas residuais(?) de segregacionistas empedernidos. No entanto, nada garante que, no futuro, se a frustração começar a minar as expectativas dos seus apoiantes, caso as suas decisões políticas contrariem as mensagens explícitas e implícitas dos seus vibrantes discursos da campanha, o argumento racista seja aproveitado oportunisticamente.
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