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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Os grandes burlões da economia virtual (especulativa)

Bernard Madoff
O investidor que protagonizou a maior fraude de sempre em Wall Street tem sido uma das principais notícias dos últimos tempos, e vai passar o resto da vida na prisão. Se vivesse em Portugal seria ilbado, e, ao fim de dez anos, seria condecorado. Sabe-se agora que esteve para ser nomeado, em 2005, presidente do regulador do mercado norte-americano, a Securities and Exchange Commission, o equivalente à nossa Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)


Kerviel
Fez dezenas de milhões de negócios futuros, sem o conhecimento dos seus superiores. Quando o banco francês descobriu, Kerviel percebeu que os seus negócios obscuros já tinham gerado enormes prejuízos. Kerviel está à espera de julgamento e, se condenado, pode ficar preso três anos. Em Portugal, ser-lhe-ia aplicada a pena suspensa, para fazer crer que a justiça funciona.

Allen Stanford
Este homem, fundador do Stanford Financial Group, prometia elevados retornos em depósitos. O seu caso foi descoberto este ano. Estima-se que tenha prejudicado os investidores em oito mil milhões de dólares. Em Portugal, candidatava-se à Câmara Municipal de Oeiras ou à presidência do Benfica.

Ralph Cioffi e Matthew Tannin
Responsáveis do Bear Stearn. Mentiam aos investidores sobre o «estado de saúde» dos seus fundos. O caso de fraude foi conhecido em 2008. Estima-se que as consequências desta fraude tivessem atingido os 1,6 mil milhões de dólares. Com alguma sorte, estas duas personagens poderiam integrar a lista de deputados de Manuela Ferreira Leite.
(Fofografias do Portugal Diário)
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Obececados com a ocultação da origem das grandes fortunas e defendendo intransigentemente o paradigma da alta finança, os governos ocidentais, das chamadas democracias liberais, baixaram as defesas do interesse público, esvaziando as competências funcionais das instituições financeiras de regulação e de inspecção, permitindo, assim, que fosse impossível detectar preventivamente estas gigantescas fraudes. O Banco de Portugal é o exemplo típico desta inoperacionalidade permissiva.

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