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domingo, 6 de setembro de 2009

A colonização da Cisjordânia avança impunemente...


Benjamin Netanyahu, o primeiro ministro de Israel, autorizou a construção de novos colonatos na Cisjordânia, numa violação clara da jurisprudência do Direito Internacional e das deliberações das Nações Unidas. Seja um governo de direita ou de esquerda, Israel vai paulatinamente consolidando a ocupação de um território que lhe não pertence e limitando a liberdade de movimentos dos palestinianos, que, nas suas deslocações diárias, têm de se submeter aos humilhantes controlos policiais.
Numa atitude de descarada duplicidade, a administração de Obama, repetindo a hipocrisia manifestada em relação ao golpe militar das Honduras, que depôs o presidente eleito, condenou timidamente a decisão do governo israelita, tentando enganar a opinião pública, quanto às suas verdadeiras intenções de não pretender a criação de um verdadeiro Estado palestiniano, sem a tutela humilhante de Israel. A União Europeia, que alinha pela mesma duplicidade, nem sequer se deu ao trabalho de emitir qualquer declaração, tal é o grau de dependência da sua política externa em relação ao seu poderoso aliado.
Com uma opinião pública anestesiada, os governos dos países ocidentais prosseguem uma política ambígua, que apenas visa ajudar Israel a controlar aquela zona estratégica. Mas o drama do martirizado povo palestiniano persiste, num conflito que dura há mais de cinquenta anos e que não tem fim à vista. Vítima inocente dos jogos de interesses do imperialismo britânico e americano, aquele povo tem sido massacrado com as bárbaras guerras sujas do exército israelita e humilhado no seu dia a dia com enxovalhos constantes à sua dignidade.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1354334

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