O silencioso mundo da deficiência em Portugal, vivido dramaticamente por milhares de famílias, tem sido sistematicamente esquecido pelos sucessivos governos. E os partidos políticos do arco governamental não o referem nos seus programas eleitorais nem nas suas declarações públicas, porque não conta para a contabilidade dos votos; porque não encontra eco numa sociedade que não desenvolveu uma cultura de solidariedade, a não ser aquela que, precariamente, brota pela lágrima do olho, quando um trágico acontecimento, bem enquadrado mediaticamente, mobiliza e emociona electricamente o país.
Apenas a CDU abordou criticamente este grave problema, desprezado pelo Estado e mal compreendido pelos portugueses: um Estado que não assume por inteiro as suas responsabilidades, não proporcionando uma vida minimamente digna aos cidadãos deficientes, com poucos ou nenhuns rendimentos, nem promovendo uma política eficaz e séria de apoio às respectivas famílias; uma sociedade pouco exigente na partilha das responsabilidades, onde cada grupo, apenas reclama o que directamente lhe convém e beneficia, ignorando todos os outros, principalmente os que mais precisam.
Apenas a CDU abordou criticamente este grave problema, desprezado pelo Estado e mal compreendido pelos portugueses: um Estado que não assume por inteiro as suas responsabilidades, não proporcionando uma vida minimamente digna aos cidadãos deficientes, com poucos ou nenhuns rendimentos, nem promovendo uma política eficaz e séria de apoio às respectivas famílias; uma sociedade pouco exigente na partilha das responsabilidades, onde cada grupo, apenas reclama o que directamente lhe convém e beneficia, ignorando todos os outros, principalmente os que mais precisam.
A qualidade de uma sociedade e a performance de um governo devem também ser aferidas pela forma como lidam e tratam das suas crianças, dos seus idosos e dos seus deficientes. Portugal não fica bem neste retrato, tirado a preto e branco, com esta objectiva de grande angular.
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