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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Na UE e em Portugal as desigualdades e a pobreza persistem...

Gráfico do Jornal de Negócios

Se, em relação à pobreza, a situação em Portugal se encontra sensivelmente próxima da que se verifica na União Europeia, o mesmo não se poderá dizer em relação às desigualdades sociais, aferidas pela diferença de rendimentos entre os 20 por cento da população mais rica e os 20 por cento da população mais pobre, e que o índice de Geni enquadra, como indicador sintético. Quanto maior for esse índice, numa escala de pontuação de zero a cem, maior será a desigualdade da distribuição do rendimento.
Portugal é o país mais desigual da zona euro e, em relação aos 27 paises da UE, apenas a Roménia apresenta resultados mais desfavoráveis. Em 2008, a situação era idêntica à de 1999, tendo sofrido um agravamento durante os governos do PSD, de Durão Barroso e Santana Lopes. Com a gestão socialista de José Sócrates, verificou-se uma ligeira melhoria, passando o índice de Geni de 38 para 36. Em 2005, os 20 por cento de pessoas com mais elevados rendimentos ganhavam 6,9 vezes mais que os 20 por cento mais pobres. Em 2008 essa diferença caiu ligeiramente para 6,1 vezes.
No indicador da pobreza e do risco de pobreza, a situação em Portugal melhorou gradualmente ao longo da década, revelando uma tendência que o aproximava do patamar da UE, mas que, provavelmente, a actual crise irá inverter.

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