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Quando alguma tragédia ocorre em Portugal, em situações que reportam para a responsabilidade do Estado, os políticos apressam-se a sacudir a água do capote. Nunca assumem qualquer culpa. Foi assim em Entre-os-Rios e continuou a ser assim na praia Maria Luísa, em Albufeira. Actuar atempadamente, nas situações de risco, já anteriormente identificadas, a fim de evitar tragédias previsíveis, poderá não render votos. Mas, seguramente, quando a tragédia ocorre, a ceifar vidas humanas, muitos votos irão perder-se. Antes de fazer aquelas declarações levianas, José Sócrates deveria ter tido a precaução de certificar-se se o risco de desabamento daquela falésia já teria sido identificado pelos organismos públicos competentes, o que, a ser verdade, terá de conduzir à responsabilização de alguém.
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