É aos moradores deste tipo de prédios que José Sócrates deve sacar dinheiro para cobrir o défice orçamental. Quem exibe antenas parabólicas deste tipo, é porque tem mais de 100 mil euros em contas bancárias.
Obrigado, Sun Iou Miou, pelo seu comentário. Eu não sei, porque sou um ignorante nas matérias que dizem respeito às novas tecnologias, se as antenas parabólicas permitem ou não a devassa da intimidade dos vizinhos, capacidade essa que a maioria dos mortais gostaria de possuir, principalmente naquelas situações de aperto, nas questões relacionadas com o amor e com o dinheiro, que, ao fim ao cabo, são as traves mestras condicionantes da grandeza e da fraqueza da condição humana. Há quem diga que, perante aquelas duas forças, o amor e o dinheiro, o homem ultrapassa os limites das suas capacidades e é capaz de cometer as acções mais nobres e grandiosas, mas também as mais vis e as mais repugnantes. Tudo depende das condicionantes do momento. O que eu sei, até pelos exemplos que chegam ao meu conhecimento, é que a realidade construída pela internet, apesar do grande avanço civilizacional que permitiu, muito superior ao da invenção do fogo e à da roda, outros dois marcos da afirmação do género humano, favorece, em contrapartida, a ruptura da privacidade das pessoas, que passou a não estar garantida no mundo de hoje. Um olho gigante vigia-nos permanamente, suspendendo aquele direito, que se julgava definitivamente adquirido. Não estarei muito longe da verdade, ao afirmar que novos totalitarismos irão surgir com o aprofundamento progressivo da internet. Para já, e por aquilo que sabemos, sente-se que a nossa privacidade (e a nossa intimidade também)se encontra seriamente ameaçada com a proliferação desenfreada das chamadas redes sociais, que as pessoas inadvertidamente utilizam. Confidências íntimas, traições de maior ou menor calibre, conspirações, organização de atentados terroristas, mobilização de massas pelas mais diversas causas e a consequente identificação dos seus protagonistas e aderentes ficam disponíveis para quem delas queira aproveitar-se licitamente ou ilicitamente. Por isso lhe digo que a sua observação, embora feita numa referência de contexto humorístico, identifica, de forma sintética, a grande ameaça dos tempos pós-modernos.
2 comentários:
Se calhar são apenas para espiar as conversas dos vizinhos: alta tecnologia da coscuvilhice.
Obrigado, Sun Iou Miou, pelo seu comentário.
Eu não sei, porque sou um ignorante nas matérias que dizem respeito às novas tecnologias, se as antenas parabólicas permitem ou não a devassa da intimidade dos vizinhos, capacidade essa que a maioria dos mortais gostaria de possuir, principalmente naquelas situações de aperto, nas questões relacionadas com o amor e com o dinheiro, que, ao fim ao cabo, são as traves mestras condicionantes da grandeza e da fraqueza da condição humana. Há quem diga que, perante aquelas duas forças, o amor e o dinheiro, o homem ultrapassa os limites das suas capacidades e é capaz de cometer as acções mais nobres e grandiosas, mas também as mais vis e as mais repugnantes. Tudo depende das condicionantes do momento.
O que eu sei, até pelos exemplos que chegam ao meu conhecimento, é que a realidade construída pela internet, apesar do grande avanço civilizacional que permitiu, muito superior ao da invenção do fogo e à da roda, outros dois marcos da afirmação do género humano, favorece, em contrapartida, a ruptura da privacidade das pessoas, que passou a não estar garantida no mundo de hoje. Um olho gigante vigia-nos permanamente, suspendendo aquele direito, que se julgava definitivamente adquirido. Não estarei muito longe da verdade, ao afirmar que novos totalitarismos irão surgir com o aprofundamento progressivo da internet.
Para já, e por aquilo que sabemos, sente-se que a nossa privacidade (e a nossa intimidade também)se encontra seriamente ameaçada com a proliferação desenfreada das chamadas redes sociais, que as pessoas inadvertidamente utilizam. Confidências íntimas, traições de maior ou menor calibre, conspirações, organização de atentados terroristas, mobilização de massas pelas mais diversas causas e a consequente identificação dos seus protagonistas e aderentes ficam disponíveis para quem delas queira aproveitar-se licitamente ou ilicitamente.
Por isso lhe digo que a sua observação, embora feita numa referência de contexto humorístico, identifica, de forma sintética, a grande ameaça dos tempos pós-modernos.
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