Foi uma discussão psicadélica, esta, a do Orçamento de Estado de 2011, com dois actores a sonharem acordados. Um fingia que era primeiro-ministro e o primeiro-ministro fingia ser o líder da oposição. Não sei se já era o ensaio geral da peça que vai estrear brevemente, uma tragédia, à maneira grega, julgo eu. A encenação levada a efeito, acabou por ter dois efeitos essenciais para tentar acalmar a indignação geral. Primeiro, amedrontaram-se as pessoas, neste caso com o caos, criando o ambiente para se aceitar a inevitabilidade das medidas, depois veio a ameaça velada, para as impor. Pelo caminho, aplicou-se a marcação cirúrgica dos sectores a atacar, começando pelos mais fragilizados, aqueles que menos rendimentos têm e menos capacidade de resistência exibem para desafiar a iniquidade.
Parece que já temos Orçamento, segundo me pareceu ouvir. Habemus Papam.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
O gesto é tudo!...
DISCUSSÃO DO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO:
Amabilidade do João Fráguas, que enviou este cartoon
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