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sábado, 23 de outubro de 2010

Às vezes, as correntes que nos impedem de ser livres são mais mentais do que físicas.

Não é só o insólito, o que nos impressiona, nesta imagem, enviada pelo meu amigo João Fráguas. Grosseiramente, poder-se-ia dizer que a imagem "fala" mais do que aquilo que mostra. Ela comporta o irrecusável desafio à nossa mente, para alargamos o seu significado às mais díspares situações da vida, onde a ilusão espontânea ou provocada confunde o equilíbrio da razão ou do bom senso. Não é, pois, uma imagem decorativa ou descritiva. Não é uma imagem redutora. Não é uma imagem de significado linear, que se detém, distraída, pela superfície das coisas.
Sem qualquer sucesso, procurei encontrar um texto para a respectiva legenda ou para um breve e elucidativo comentário, que concentrasse em si tudo o que se pudesse dizer em relação a ela. Não me saiu nada de jeito. Apelo à imaginação e à audácia do leitor para a realização dessa tarefa, cuja expressão escrita poderá ser colocada no espaço dos comentários, mesmo que anonimamente ou através de um pseudónimo, e que, depois, será transladada para a primeira página.
Julgo tratar-se de um estimulante exercício para esta tarde de um sábado outonal.

11 comentários:

Anónimo disse...

As vezes, o que parece não é!
O animal sabe por experiência que o homem que o usa não lhe dá oportunidades... portanto não desperdiça energias, porque sabe que a cadeira está preza ao chão.

Maria José Meireles disse...

Então para que é que o animal guardará suas energias?
Se o homem que o usa não lhe dá oportunidades, não deveria o animal aproveitar toda e qualquer oportunidade para se livrar dele?

Anónimo disse...

Com tantas oportunidades, até parece o Governo do sr. Socrates!

Maria José Meireles disse...

De facto, no governo do Sr. Sócrates, vejo muita gente a fazer a figura deste animal!...

Graza disse...

Hoje, considero-me livre Alexandre. Digo hoje, porque já houve tempos em que condicionei a minha forma de pensar em função de figurinos dos quais sentia um certo constrangimento em divergir. Digo livre, no sentido em que não deixo que alguma influência externa condicione a minha forma de pensar e agir. Acredito até que haja quem tenha dificuldade em catalogar-me se me quiser arrumar á luz dos padrões comuns. Um exemplo disto é que há quem me arrume no sidebar dos blogues como um blogue de extrema esquerda e também já tive uns desentendimentos com reaccionários desta praça. Por outro lado, concordo com o boneco... mas apenas no que toca ao controlo dos impulsos que me permitem respeitar a moral dos bons costumes e decoro na via pública, na presença de uma daquelas visões que nos paralisam...

Perdõe a brincadeira. É óbvio que tem razão e todos o entendemos

Anónimo disse...

Parece que está a entrar em contradição com o seu 1º texto..
Não sei se a sua confusão está no animal, na oportunidade, ou na cadeira!!!
No Governo vejo muitos oportunistas, quanto às oportunidades e por falta de energias, os que neste momento as aproveitam são os desempregados.Será que são esses para si os animais?

Maria José Meireles disse...

O primeiro texto refere-se a uma esfera mais pessoal.
O segundo texto refere-se a uma esfera mais política.
Animais somos todos.
Podem prender-me o corpo mas não a alma.
Ainda lhe pareço confusa?!

Anónimo disse...

Esta da alma, confunde-me ou não....!

Maria José Meireles disse...

ok

Maria José Meireles disse...

Vadiagem...

O pensamento
é vadio
não pede licença
para sair
nem tem horas
para chegar.

Anónimo disse...

apenas um burro que conhece natureza da cadeira e sabe que deve esperar ali que o tratador o venha buscar para garantir as necessidades a que está habituado.
Se por outro lado que não conhecer e se a vida selvagem for melhor, então está só a cometer um erro de extrapolação, provavelmente nada catastrófico para ele. quanto a metáforas há muitas, sei lá, podemos ver prisões em todo lado, sendo que nós mesmos somos a mais apertada mas sempre podemos afrouxar um bocadinho e deixar de aspirar à omnisciência, somos apenas carnais.