opções para criar novas fontes de financiamento
para o orçamento da União Europeia e reduzir as
contribuições dos Estados nacionais, entre as quais
a criação de um IVA (imposto sobre o valor
acrescentado) europeu.
...O objectivo é "reduzir as contribuições dos Estados",
explicou a Comissão em comunicado.
PÚBLICO
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Esta proposta, a criação de novos impostos, que pretende justificar-se com a falácia da dicotomia Estado/cidadãos, visa alcançar alcançar, encapotadamente, três objectivos essenciais:
1º- Promover, através da diminuição dos rendimento disponível dos cidadãos, que o aumento de impostos a pagar vai provocar, a redução dos custos de trabalho, a via mais fácil para aumentar a competitividade. Procura-se assim assegurar o crescimento económico à custa do empobrecimento das populações.
2º- Dar início, paulatinamente, à concretização da ideia federalista da União Europeia, começando a concentrar nas instâncias comunitárias funções que pertencem ao foro da soberania dos estados.
3º- Transferir para a comissão europeia, que não vai a votos, o ónus da responsabilidade do agravamento das condições de vida dos trabalhadores.
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Sabendo que o IVA é o imposto mais injusto dos sistemas fiscais, porque não incorpora o conceito da proporcionalidade equitativa, a proposta da comissão europeia procura salvaguardar a intocabilidade dos rendimentos do capital industrial e financeiro, cujos respectivos detentores são os verdadeiros mandantes desta e de outras propostas daquela comissão.
2 comentários:
O conceito de país, que temos tanta dificuldade em abandonar devido "a questões culturais", como por exemplo a língua, remonta aos tempos bárbaros em que os conflitos eram resolvidos quase exclusivamente através de guerras. Curiosamente, apesar de desactualizado, este conceito ainda molda a forma de pensar da maioria da população: se o meu país estiver bem "economicamente" e "financeiramente" (termos propositadamente vagos e, na verdade, pouco ligados ao bem-estar da população), então a probabilidade de eu estar bem "economicamente" e "financeiramente" é elevada. Historicamente, foi o nacionalismo (exacerbado) que levou à primeira guerra mundial, e consequentemente à segunda. Portanto, devería existir uma profunda reflexão sobre se o conceito de nações é o mais adequado, nos tempos actuais, para o bem-estar da população (mundial).
E este tema levará inevitavelmente ao conceito da governação e da tomada de decisões. Em primeiro lugar, nunca existiu nem existe nenhuma verdadeira democracia: o poder foi e é ocupado e mantido pelas elites intelectualmente/financeiramente capazes. No tempo presente, há um "chicote invisivel" que nos faz trabalhar e que é manipulado, e de certa forma ocultado, pela elite dominante: o sistema monetário. A ignorância sobre o que o sistema monetário verdadeira é e implica é tão grande que a maior parte pensa que a inflação é uma coisa positiva. Na verdade, é um imposto invisível que pagamos por utilizar dinheiro. Com isto quero concluir que a organização social que temos hoje em dia é essencialmente a mesma do que a do império romano há 2000 anos atrás. Mas então o que é que mudou desde então? A vida do cidadão comum é bastante diferente do que a do cidadão comum romano há 2000 anos. A ÚNICA diferença é a existência de ciência e tecnologia. São estas as duas coisas que melhoram realmente a qualidade de vida das populações. Não é a política e não é a economia (ainda que haja uma correlação entre economia e evolução tecnológica). A política baseia-se em opiniões. Quando a maioria dos problemas que "realmente" existem são de carácter técnico, porque é que havemos de ter os ignorantes (em ciência e tecnologia) políticos a emitirem as suas opiniões e tomarem decisões?
Aproveitei o exemplo da notícia deste post para tentar com que as pessoas reflictam sobre os três conceitos que a notícia envolve: país, dinheiro e decisões políticas. Três conceitos muito antigos, que nunca sofreram actualizações, nem nunca foram objecto de estudo "verdadeiramente" científico.
João:
O teu comentário é tão importante, que tomei a decisão de o transferir para a página principal do Alpendre da Lua. De certeza que a centena de leitores, que diariamente visitam este espaço, vão aplaudir a minha decisão.
Alexandre de Castro
P.S. Conseguiste emocionar-me.
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