Opinião
2009-10-13
No concurso da RTP "O preço certo", o apresentador, Fernando Mendes, ajuda os concorrentes o mais que pode. Quem estiver atento às suas dicas já sabe o que deve fazer quando, em resposta aos preços que indica, ele diz coisas do género "Esqueça os 27 mil!", "Como? Não ouvi!" ou "Não quer pensar melhor?". Deve, evidentemente, emendar a mão…
Lembrei-me disto quando se soube que, depois do "Não" da Irlanda que impedia a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, os eurocratas iriam perguntar aos irlandeses se não queriam pensar melhor. Eles disseram que sim, que iam pensar melhor, e, à segunda tentativa, lá descobriram que a resposta certa era "Sim" e nunca "Não". Não ganharam televisores ou batedeiras, como os concorrentes do "Gordo", mas ganharam, aparentemente, umas tantas garantias: que o aborto nunca será autorizado no Eire (basta ir à vizinha Inglaterra…), que a neutralidade será respeitada (espero que não acabem um dia no Afeganistão!) e, se calhar, um reforço de fundos comunitários - enfim, uns premiozinhos, como o "Gordo" dá.
A União Europeia espera agora apenas que a República Checa e a Polónia se deixem de parvoíces e aprovem também o Tratado, para que tudo corra pelo melhor, segundo o ponto de vista de Bruxelas.
Teremos então todos ficado a ganhar, indo para a coluna das "perdas" apenas una coisa: a decência (deixei de ter medo de usar esta palavra, pois recentemente obtive um bom apoio…). Pessoalmente, tenho dúvida de que a democracia plena seja isto - pedir a quem não votou na resposta "certa" que volte a votar até acertar. Mas…
Em quase todos os países da UE, foram os políticos que responderam em nome dos seus concidadãos - sem perder tempo com essas maçadas de referendos. Houve até estados (Vocês sabem do que estou a falar, como costumava dizer o Octávio Machado…) em que se prometeu que se faria o referendo - mas depois não se fez. E quase prefiro o que sucedeu nesses países, onde pelo menos restou o direito de chamar mentirosos aos políticos, à indecência que se fez na Irlanda. Onde um gigantesco "Gordo", mais conhecido pelas iniciais UE, lhe segredou aos ouvidos "Não quer pensar melhor?".
Lembrei-me disto quando se soube que, depois do "Não" da Irlanda que impedia a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, os eurocratas iriam perguntar aos irlandeses se não queriam pensar melhor. Eles disseram que sim, que iam pensar melhor, e, à segunda tentativa, lá descobriram que a resposta certa era "Sim" e nunca "Não". Não ganharam televisores ou batedeiras, como os concorrentes do "Gordo", mas ganharam, aparentemente, umas tantas garantias: que o aborto nunca será autorizado no Eire (basta ir à vizinha Inglaterra…), que a neutralidade será respeitada (espero que não acabem um dia no Afeganistão!) e, se calhar, um reforço de fundos comunitários - enfim, uns premiozinhos, como o "Gordo" dá.
A União Europeia espera agora apenas que a República Checa e a Polónia se deixem de parvoíces e aprovem também o Tratado, para que tudo corra pelo melhor, segundo o ponto de vista de Bruxelas.
Teremos então todos ficado a ganhar, indo para a coluna das "perdas" apenas una coisa: a decência (deixei de ter medo de usar esta palavra, pois recentemente obtive um bom apoio…). Pessoalmente, tenho dúvida de que a democracia plena seja isto - pedir a quem não votou na resposta "certa" que volte a votar até acertar. Mas…
Em quase todos os países da UE, foram os políticos que responderam em nome dos seus concidadãos - sem perder tempo com essas maçadas de referendos. Houve até estados (Vocês sabem do que estou a falar, como costumava dizer o Octávio Machado…) em que se prometeu que se faria o referendo - mas depois não se fez. E quase prefiro o que sucedeu nesses países, onde pelo menos restou o direito de chamar mentirosos aos políticos, à indecência que se fez na Irlanda. Onde um gigantesco "Gordo", mais conhecido pelas iniciais UE, lhe segredou aos ouvidos "Não quer pensar melhor?".
***
Sugestão do Pedro Frias, seguidor deste blogue.
Sem comentários:
Enviar um comentário