Teófilo de Braga foi um intelectual de prestígio, cujo nome dignificava a República. Licenciado em Direito, leccionou Literatura no Curso Superior de Letras de Lisboa. Como escritor, deixou obras importantes sobre a história literária, filosofia e etnografia.
Não admira, pois, que tenha sido escolhido para presidir ao governo provisório, após a implantação da República. Mais tarde, em 1915, viria a ser eleito pelo Congresso, quase por unanimidade, como Presidente da República, para terminar o mandato de Manuel Arriaga, que pedira a demissão.
A sua militância vem desde 1878, quando os republicanos iniciaram o seu processo organizativo.
Basílio Teles foi, talvez, o político republicano mais radical. Depois de ter rejeitado o convite para integrar o governo provisório, como ministro da Finanças, para o desempenho do qual estaria mais vocacionado, atendendo ao seu percurso como investigador da área económica, (pretendia a pasta do Interior, onde a Carbonária o queria colocar), Basílio Teles, no quadro das dificuldades que a República atravessava, apresentou um plano político, que previa a pena de morte, a suspensão das garantias por tempo indeterminado e o encerramento das escolas, até se completar a respectiva reforma. Era um programa político suicida, ao arrepio dos mais mais nobres valores o espírito republicano.
No entanto, teve um percurso brilhante no Partido Republicano Português, fazendo parte dos seus directórios de 1897 a 1899, e do de 1909 a 1911.
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