Do anexo que acompanhava o vídeo.
Recentemente, Portugal recebeu uma bofetada de luva branca da "ilha maldita". quando meia dúzia de autarcas, incomodados e inconformados com o desespero de muitos dos seus munícipes, contratualizaram com o governo de Havana a ida de doentes a Cuba, para serem submetidos a uma operação às cataratas, patologia esta que, tal como as das varizes, é altamente rentável para as clínicas particulares, que tudo fazem, através de alguns médicos que se desdobram entre o público e o privado, para provocar o entupimento dos respectivos serviços hospitalares, alongando assim, em seu benefício, as listas de espera. O Ministério da Saúde completa a conspiração, não promovendo políticas correctas em relação ao aumento do número de médicos e à sua distribuição equitativa pela rede de saúde nacional, ao mesmo tempo que mantém congelados os acessos aos quadros hospitalares das especialidades, agravando perigosamente o hiato geracional, com todas as implicações geradas ao nível da qualidade dos serviços prestados e da continuidade da formação dos especialistas.
Esta realidade social, vivida em Cuba, e que passa à margem do discurso político e da comunicação social, merecia ser estudada, in loco, pelo primeiro ministro e pela ministra da Saúde. Pelo menos, no seu regresso a Portugal, poderiam afirmar que tinham aprendido duas coisas importantes: que um serviço nacional de saúde não pode ser contaminado pelos vícios, pelos erros e pelos logros da medicina privada, e que a promiscuidade dos dois sistemas é lesiva para os superiores interesses dos utentes.
http://video.google.com/videoplay?docid=-8478265773449174245&hl=pt-BR#
Nota: Não foi possível, tecnicamente, transportar este vídeo do Google para o blogue. Fica o link de acesso.
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