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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A Justiça ainda é igual para todos?



Quando o próprio Procurador-Geral da República vem a terreiro afirmar que a investigação do processo Furacão já deveria ter terminado, é normal que o cidadão comum também se interrogue sobre a morosidade associada à investigação de outros processos mediáticos, que, sob a alçada do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), se vêm arrastando inexplicavelmente.
Os casos Freeport, Portucale, o caso da compra dos submarinos e das fragatas da Marinha, e ainda os das universidades Moderna e Independente, que ainda não se encontam terminados, têm em comum o envolvimento suspeito de políticos e de empresas ligadas a políticos, o que poderá a conduzir a insinuações, por parte da opinião pública, caso as investigações não apurem as respectivas responsabilidades.
A Justiça e a investigação policial do país encontram-se, neste momento, sob o escrutínio dos portugueses, que, por certo, irão avaliar da sua equidade, competência e honestidade. Para ser mais concreto, pode dizer-se que os portugueses vão saber, brevemente, se existem ou não dois sistemas judiciais. Um para os políticos e para os grandes empresários, talhado à medida dos seus interesses, e um outro, mais rigoroso e eficaz, para os restantes cidadãos.

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