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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Figuras proeminentes do 5 de Outubro e da República (2)

Machado Santos
Machado Santos, um jovem comissário naval, inveterado conspirador, esteve na maioria das acções da Carbonária, de que era membro. No movimento militar do 5 de Outubro, assumiu a sua coordenação operacional, o que lhe trouxe uma grande popularidade. Instalado na Rotunda, depois de ter mobilizado dois importantea quartéis de Lisboa, não se deixou abater no momento em que corriam rumores do fracasso do golpe militar. Foi considerado o Herói da Rotunda e o Pai da República.
Revelando alguma imaturidade política, e não se apercebendo da inevitabilidade das contradições inerentes a um qualquer processo revolucionário, depressa se desencantou com os dirigentes do Partido Republicano, regressando à acção conspirativa. E assim o vemos a participar nos movimentos insurreccionais de Abril de 1913, de Janeiro de 1914, no Movimento das Espadas de 1915, na Revolta de Tomar, de 1916 e no golpe de 1917, que colocou Sidónio Pais no poder.

Almirante Cândido dos Reis


Se o chefe civil da revolução republicana, Miguel Bombarda, não assistiu à sua vitória, o mesmo aconteceu ao seu chefe militar, o almirante Cândido dos Reis, que se suicidou num dos arrabaldes de Lisboa, julgando que o movimento tinha fracassado. Quando se soube no directório republicano que o chefe do governo monárquico, Teixeira de Sousa, tinha sido informado da iminência do golpe, muitos dirigentes republicanos abandonaram o projecto, aconselhando o seu adiamento, ao que o almirante se opôs. No entanto, já com o movimento revolucionário em marcha, a morte de Miguel Bombarda, interpretada como assassinato político, desmobilizou muitos oficiais do exército e muitas unidades militares. Cândido dos Reis julgou tudo perdido, e como era um indivíduo de temperamento hipocondríaco, entrou em profunda depressão e escolheu o suicídio.
Apesar de ter sido distinguido, durante a sua carreira militar, com as mais altas condecorações, o Almirante Cândido dos Reis, desde muito cedo, começou a participar na luta anti-monárquica, mais como activo conspirador do que como político propagandístico. Por isso, se inscreveu na Carbonária, o movimento revolucionário que punha em pânico as forças de segurança.
A República prestou-lhe a homenagem merecida, utilizando o seu nome como topónimo, na maior parte das cidades e das vilas do país.

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