Está marcada uma manifestação para este sábado,
7 de fevereiro, de apoio à Grécia e a sua situação financeira. O ponto de
encontro é nos Restauradores, em Lisboa, pelas 19h00.
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UMA
MANIFESTAÇÂO SUSPEITA
Esta manifestação começa a cheirar-me a esturro.
Tanto pode ser uma boa intenção de um pequeno grupo ou de uma só pessoa, como
ser uma provocação de quem terá um interesse oculto em provocar, à partida, uma
iniciativa falhada, a fim de desacreditar o genuíno descontentamento da maioria
dos portugueses em relação às políticas de austeridade que afogam a Grécia e
Portugal. A minha dúvida inicial, que eu estava disponível para secundarizar,
adensou-se, ao reparar que a imprensa ignorou a respetiva convocatória,
que aparece na net sem a identificação da sua paternidade, o que é estranho,
além de não ser curial. Apenas o pasquim do ex-diretor do jornal PÚBLICO a
refere, e com grande destaque, na edição online, o que não deixa também de ser
estranho, sabendo-se que a personagem referida foi, nos tempos da revolução, um
ativo militante do MRPP, quando este partido era uma emanação da CIA.
Por outro lado, a convocação de uma manifestação
desta natureza deve ser concebida, planeada e executada por uma organização
estruturada e conhecida pela opinião pública, uma organização que lhe garanta
consistência e credibilidade. O tempo das doenças infantis da política já
passou, além de que a política, nos tempos atuais, é um osso duro de roer e não
se compadece com os arrufos do amadorismo.
Por tudo isto, volto com a palavra atrás (**).
Talvez até me disponha a ir até ao Rossio, e vá tomar um café ao Nicola e,
dali, dê uma olhadela pelo que se passa na praça. Talvez tope algum agente das
secretas portuguesas ou da CIA a dar vivas à Grécia e a gritar contra a
austeridade.
(**) Ontem escrevera isto: “A notícia não me
informa quem são os promotores da manifestação, mas isso não me importa.
Estarei lá, em solidariedade com o povo da Grécia, que está a seu humilhado
pela arrogante Europa, esta Europa do nosso descontentamento”.
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