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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Debate PS não trai a Grécia mas recusa sofrer do 'efeito Syriza'

A nova sigla do PS

A posição do Partido Socialista (PS) quanto à vitória e ideais do Syriza tem sido muito discutida, mas em Portugal a certeza é uma: não haverá “traição”, mas o PS não deixará de ser PS nem tão pouco está confuso com o ‘efeito Syriza’, escreve, esta quinta-feira, o Diário de Notícias (DN).

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Na realidade, "o PS irá ser o que sempre foi", um "anexo vagamente de esquerda dos partidos no poder mais à direita", como diz Pacheco Pereira. 
Nunca ouvi nem li, da parte dos dirigentes políticos do PS, qualquer alusão à exigência, perante as entidades europeias, da imperiosa necessidade de renegociar a dívida portuguesa. Nem António Costa nem o seu antecessor pronunciaram qualquer palavra sobre o assunto, assim como não existe nenhum documento programático do PS a conceder prioridade a esta matéria. É com surpresa que vejo um dirigente do PS vir agora, manhosamente, erguer a bandeira da renegociação da dívida, por simples oportunismo, e sob o efeito da influência explosiva do Syrisa
O atual governo grego até pode estar condenado ao insucesso, não resistindo às manobras chantagistas da UE. Mas uma coisa é certa: teve o mérito de desmascarar a hipocrisia das políticas europeias, que estão desenhadas para defender o capitalismo financeiro, e, em consequência, virar muitos cidadãos dos países do sul da Europa para a causa da luta contra a austeridade.
E a luta continua, mas sem este PS!...

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