A nova sigla do PS |
A posição do Partido Socialista (PS) quanto à
vitória e ideais do Syriza tem sido muito discutida, mas em Portugal a certeza
é uma: não haverá “traição”, mas o PS não deixará de ser PS nem tão pouco está
confuso com o ‘efeito Syriza’, escreve, esta quinta-feira, o Diário de Notícias
(DN).
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Na realidade, "o PS irá ser o que sempre
foi", um "anexo vagamente de esquerda dos partidos no poder mais à
direita", como diz Pacheco Pereira.
Nunca ouvi nem li, da parte dos dirigentes
políticos do PS, qualquer alusão à exigência, perante as entidades europeias,
da imperiosa necessidade de renegociar a dívida portuguesa. Nem António Costa
nem o seu antecessor pronunciaram qualquer palavra sobre o assunto, assim como
não existe nenhum documento programático do PS a conceder prioridade a esta
matéria. É com surpresa que vejo um dirigente do PS vir agora, manhosamente,
erguer a bandeira da renegociação da dívida, por simples oportunismo, e sob o
efeito da influência explosiva do Syrisa.
O atual governo grego até pode estar condenado
ao insucesso, não resistindo às manobras chantagistas da UE. Mas uma coisa é
certa: teve o mérito de desmascarar a hipocrisia das políticas europeias, que
estão desenhadas para defender o capitalismo financeiro, e, em consequência,
virar muitos cidadãos dos países do sul da Europa para a causa da luta contra a
austeridade.
E a luta continua, mas sem este PS!...
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