O Ministério das Finanças grego vai enviar hoje
uma carta de três páginas a Bruxelas com as reformas que pretende realizar para
que as instituições façam uma avaliação inicial, segundo a agência Efe.
… Segundo os meios de comunicação locais, as
medidas não incluem um custo concreto das reformas, mas são semelhantes às
propostas políticas, ou seja, o Governo explica os seus métodos para combater a
evasão fiscal, a corrupção, a reforma da administração pública e combater a
crise humanitária.
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O governo grego, ao enviar para as instâncias
europeias as propostas das reformas políticas, que se compromete a fazer, a fim
de poder obter a dilatação do atual programa de apoio da troika, por mais quatro meses, adverte, implicitamente, ao afirmar
que algumas dessas propostas não são negociáveis, por serem do foro da
soberania nacional da Grécia, que chegou ao fim a sua disponibilidade em fazer
mais cedências.
Amanhã, segunda-feira, será o dia do tudo ou
nada. A bola está agora nas mãos das instâncias das três entidades que
constituem a troika, e que, caso
rejeitem as propostas, ficarão com o ónus da culpa, de não quererem facilitar a
vida a um governo, que se propõe arrecadar receitas para o Estado, através de
programas orientados para a luta contra a corrupção e contra a evasão fiscal,
objetivos estes que são muito mais justos e equitativos, do que, como os tecnocratas
da troika gostam, aumentar impostos e
cortar nos salários e nas pensões. A imagem das instâncias europeias também
ficará afetada, dando de si uma péssima imagem, perante a opinião pública, se,
com o seu veto, impedirem o governo grego de acudir ao seu povo - a passar por
um doloroso sofrimento - lançando um programa para lutar contra a grave crise
humanitária, que é também uma das suas propostas.
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