Declarações surgem numa fase em que o Eurogrupo
se prepara para se reunir. Encontro está marcado para esta quarta-feira.
Apesar dos alertas europeus, o Governo grego
continua sem papas na língua, mostrando-se duro e incisivo no seu discurso.
Durante a apresentação do programa do novo Executivo, o ministro da
Reconstrução, Ambiente e Energia, Panagiotis Lafazanis, deixou esta terça-feira
no Parlamento um aviso à União Europeia:
"O memorando e a troika terminaram. A
eleição do programa do Syriza não será cortado em pedaços. A Grécia não é um
protetorado", afirmou o governante, citado pelos jornais locais.
"Os maiores protagonistas da União Europeia
pensam que nos podem chantagear, mas eles têm que saber com quem se estão a
meter", sublinhou.
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Ninguém de boa fé, verdadeiramente patriótico e
politicamente empenhado na defesa da independência, da dignidade e dos direitos
dos povos, pode deixar de se emocionar com a firmeza evidenciada pelos membros
do "revolucionário" governo grego, perante os políticos e os
tecnocratas empedernidos de uma Europa, já velha e decadente, que pretende
escravizar, através do embuste da dívida, os países europeus mais fragilizados
nas suas economias. Atenas, a grande cidade, onde nasceu a democracia, ressurgiu
em todo o seu esplendor, para nos iluminar o caminho que todos nós devemos
seguir. E a nossa primeira grande tarefa será apoiar a organização de um grande
movimento popular de solidariedade para com o povo grego. E será aos partidos
da esquerda parlamentar, o PCP, Verdes, Intervenção Democrática e Bloco de
Esquerda, que competirá tomar a iniciativa, que deve ser extensível a todos os
movimentos de esquerda que têm lutado contra a austeridade. Chegou a hora de
quebrarmos as algemas e de vergar a soberba e a arrogância dos donos da Europa,
que também querem ser donos do nosso destino coletivo.
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