O Fundo Monetário Internacional, um dos vigilantes mais acutilantes do capitalismo mundial, prognosticou para Portugal um cenário pouco animador. O crescimento económico do próximo ano será insignificante e, nos anos seguintes, a economia portuguesa continuará a divergir em relação à zona euro, continuando, simultaneamente, a verificar-se um aumento do desemprego.
E para tentar inverter a longo prazo esta situação, aquela instituição apresenta a seguinte receita: redução do défice orçamental, através da diminuição da massa salarial da função pública, maior eficiência das empresas, leis do trabalho mais flexíveis, e uma maior poupança das famílias. Para completar a receita, dir-se-ia que ao FMI faltou apenas referir a necessidade dos bancos e das grandes empresas obterem um aumento dos seus lucros, que é, ao fim e ao cabo, a grande finalidade do funcionamento deste gigantesco sistema económico e financeiro.
Os pobres que paguem a crise!
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