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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Andam a mentir-nos!...


Durante meses a fio, o governo, pela voz autorizada do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, garantiu que o governo ainda não gastara um tostão com a nacionalização do BPN. Sabe-se agora que a Caixa Geral de Depósitos, um banco do Estado, já injectou 3,5 mil milhões de euros naquela instituição bancária, para lhe garantir liquidez.
Estamos em presença de mais uma mentira, a somar a tantas outras, que descredibilizam a acção governativa e os governantes. As subtilezas de linguagem e os truques de retórica, com que se procura esconder a verdade e sustentar a mentira, acabam sempre por ser confrontadas com a realidade. E, neste caso, a realidade amarga é sabermos que aqueles 3,5 mil milhões de euros, injectados no BPN, com o objectivo de, através de uma irresponsável nacionalização, salvar as responsabilidades dos respectivos accionistas, irão ser pagos pelos contribuintes.
E é totalmente falaciosa e desonesta a afirmação do primeiro ministro, quando tenta desesperadamente justificar aquela operação financeira com a bondade do argumento da defesa dos depósitos dos clientes, o que é verdade, já que, a grande fatia do valor daqueles activos pertence às empresas accionistas do próprio BPN, um pequeno pormenor elucidativo que o primeiro ministro se esqueceu de acrescentar e que ainda ninguém denunciou publicamente.

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