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sábado, 12 de dezembro de 2009

A crise não chega à Madeira!...



O PS cedeu mais uma vez à chantagem de Alberto João Jardim, o Bokassa da Madeira, que sabe magistralmente utilizar os deputados daquela Região Autónoma à Assembleia da República, para pressionar o governo central a abrir os cordões à bolsa. Desta vez, a direcção parlamentar do PS e o ministro dos Assuntos Parlamentares nem sequer se preocuparam em evitar a exposição ao ridículo do ministro da Finanças, que, momentos antes do acordo informal em aceitar o pedido de endividamento, tinha afirmado que não podia "continuar-se a pagar os devaneios financeiros da região governada por Alberto João Jardim".
Por tibieza do PS, perdeu-se a soberana oportunidade de desautorizar o autocrata da Madeira, que governa o arquipélago, como se tratasse de uma coutada sua, e onde exerce, sustentado num grosseiro discurso populista e demagógico, um poder discricionário, a quem ninguém põe limites.
A Madeira já apresenta um nível de endividamento preocupante, resultado da obsessão faraónica de Alberto João Jardim. Ao conceder mais uma autorização para o governo regional contrair mais dívida, é contribuir para a continuidade do regabofe financeiro, que todos os portugueses andam a pagar.
Os governos têm de começar a pensar que a insularidade não pode sobrepôr-se mais à interioridade, que continua a ser esquecida nos sucessivos orçamentos de Estado. Trás-os-Montes já é a região mais pobre da União Europeia e não existe vontade política para, em nome da coesão, tantas vezes invocada, promover ali planos de desenvolvimento sustentados, que evitem a depressão, o seu subdesenvolvimento e a progressiva desertificação.

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