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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Capela de S. Pedro de Balsemão - Lamego

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Construída em época visigótica, séc. VII, a pequena capela de São Pedro de Balsemão constitui um dos raros exemplos de arquitectura religiosa altimedieval actualmente conservados em território português.O templo foi substancialmente modificado ao longo dos tempos, como se comprova pela actual entrada Sul, barroca, e pela solução dada à fachada ocidental, onde se situaria a entrada principal, adossada a um edifício residencial bastante posterior datado dos séc. XVII/XVIII.Da primitiva edificação conserva-se a disposição geral do interior, de três naves separadas por séries de três arcos de volta perfeita assentes em capitéis coríntios, talvez aproveitamento de colunas e capiteis Romanos, e cabeceira com capela única quadrangular.Deste período destaca-se a abundante decoração de base geométrica, cuja profusão de elementos não encontra paralelo em nenhum outro monumento peninsular contemporâneo.No século X, em pleno processo de repovoamento, a igreja foi objecto de uma renovação, ainda mal conhecida, mas cujos dados apontam para uma manutenção geral das estruturas já existentes.Durante a Baixa Idade Média a Capela passou para a posse do bispo do Porto, D. Afonso Pires, que aí se fez sepultar num túmulo gótico no final do séc. XIV, e cuja qualidade plástica está patente no grupo escultórico do Calvário na testeira. Já no século XVIII a Capela foi aproveitada para panteão da família que detinha estas terras e, mais recentemente, na primeira metade do século XX, procedeu-se ao primeiro restauro do monumento.Actualmente esta pequena igreja basilical disputa com 3 outros templos, de norte a sul do pais, o título de templo Cristão mais antigo do país:

Planta da Capela


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Aspecto do interior com os arcos de separação das naves e os respectivos capitéis Coríntios e o túmulo do bispo do Porto do séc. XIV que tem a cabeça virada para onde seria antigamente a entrada principal do templo: começo pelo arco que faz a separação da capela-mor do restante edifício, não se tem certeza de nada mas calcula-se que seja este o sector adicionado no séc. X à basílica Visigótica, não a capela mor mas sim a separação desta com a nave, é k se repararmos no arco apoiado em travesseiros verificamos uma certa semelhança com a arte pré-Românica e Moçárabe:







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